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domingo, 12 de fevereiro de 2012

BAHIA REGISTRA 180 ASSASSINATOS NOS 12 DIAS DA GREVE DA PM

A Secretaria de Segurança da Bahia registrou 180 homicídios durante os 12 dias de greve da polícia militar no estado, uma média de 15 mortes por dia. O balanço levou em consideração os dados registrados do dia 31 de janeiro até as 21h de sábado, período que durou a paralisação. Na noite de sábado, uma assembleia realizada no Ginásio do Sindicato dos Bancários, no centro de Salvador, pôs fim ao movimento.

Durante a paralisação, 402 veículos foram roubados. Os registros de assassinatos e roubo de carros durante a greve dobraram em relação à média das ocorrências nos dias de janeiro, conforme os boletins da SSP: nos 30 primeiros dias do ano, ocorreram 202 assassinatos (média de 6,7 por dia) e 436 veículos roubados (média de 14,5 por dia). 

Apesar do fim da greve, na manhã deste domingo, vários veículos do Exército e soldados das Forças Armadas ainda podiam ser vistos circulando pelas ruas de Salvador. No Largo do Farol da Barra, onde se inicia os desfiles carnavalescos do circuito Dodô, chamava atenção o carro blindado do Exército, modelo Urutu, estacionado ao lado de um parquinho infantil onde crianças brincavam com os pais. Ao menos seis soldados do Exército armados com fuzis automáticos faziam guarda ao lado do Urutu, deixando as pessoas que circulavam pelo local sem entender a situação. 

"Não disseram que a greve acabou, para que essa turma armada aqui", disse um senhor.

Segundo o secretário de comunicação do estado, Robinson Almeida, os policiais líderes do movimento não terão revogadas as prisões. 

"Só a Justiça poderá dizer isso. Reafirmo que não haverá anistia", disse.

O secretário - informou que o reajuste salarial em 6,5% está mantido para a categoria, além do pagamento de 70% da GAP 4 em novembro deste ano e os 30% restantes em abril de 2013. Já a GAP 5 será paga escalonadamente entre 2014 e 2015.

O ponto crucial para a decisão dos associados à Aspra foi a proposta do comandante-geral da PM, coronel Alfredo Castro, que anunciou, na última sexta-feira, a anistia administrativa dos militares que faltaram ao serviço nos dias de greve. Isso depois de, pela manhã, ele ter "decretado" o fim da greve e ameaçado cortar o ponto dos PMs que não retornassem ao trabalho.

"Foi uma decisão da categoria em nome da população baiana, que estava sofrendo nesse período diante da intransigência do governo", discursou Ivan Leite, porta-voz da Associação dos Policiais, Bombeiros e de seus Familiares (Aspra).

Segundo Ivan, as negociações envolvendo os prazos para o pagamento das gratificações por atividade policial (GAP), nível IV e V, continuarão. Ainda de acordo com ele, não foi colocado na pauta de votações o relaxamento das prisões dos 12 líderes grevistas, entre eles, Marco Prisco.

Embora duvide das suposições que apontam a participação de PMs em eventos criminosos durante a greve, o soldado concorda com a punição dos casos que sejam provados.

"Se alguém cometeu crimes, que pague por eles", disse o policial.

PMs da Bahia encerram greve, mas dizem que mobilização continua
O comando da greve dos policiais militares da Bahia informou em nota divulgada no fim da noite de sábado que, apesar de não terem as reivindicações atendidas, consideram o movimento vitorioso por ter mostrado a insatisfação da categoria com os baixos salários e o tratamento dado pelo governo baiano.

“O fim do nosso movimento não significa nem que aceitamos a proposta do governo, nem que encerramos a nossa luta. Ela continua, por melhores condições de trabalho e respeito", destacou a categoria na nota.

O texto ressaltou ainda que os policiais demonstraram amadurecimento, ao evitar entrarem em confronto com o Exército e negociar o cumprimento das determinações do Poder Judiciário. Segundo a nota, os grevistas entenderam que não poderiam prejudicar ainda mais a sociedade e encerraram o movimento.

Os policiais que ficaram parados até quinta-feira serão anistiados e não receberão punição administrativa. A assessoria do governo do estado, no entanto, informou que a situação de 12 líderes do movimento que tiveram mandados de prisão expedidos pela Justiça não depende mais do governador Jaques Wagner, mas dos tribunais.
Em nota, a Secretaria de Comunicação do estado informou que não mudou a proposta em relação ao apresentado nos últimos dias. O governo continua a oferecer reajuste de 6,5% retroativos a janeiro e fevereiro, mais a incorporação gradual de gratificações até 2015. Os ganhos, segundo a secretaria, chegarão a 38,89% para soldados e a 37,11% para sargentos. O projeto de lei será enviado à Assembleia Legislativa esta semana.

A Secretaria do Comunicação do governo baiano alegou ainda que os grevistas conseguiram avanços. Isso porque o estado concordou em incorporar dois tipos de gratificação aos salários dos policiais, em vez de apenas um tipo, como estava acertado antes do início da paralisação.

Informações: Agência O Globo

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