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segunda-feira, 9 de abril de 2012

CEM ANOS DE MAZZAROPI - O ETERNO MATUTO DA CIDADE

Imagem de arquivo
Mazzaropi nasceu em 9 de abril de 1912, no bairro de Santa Cecília, em São Paulo. Aos 14 anos, deixou a casa paterna, à revelia dos pais, para acompanhar o Circo La Paz. Para isso contou com a ajuda do faquir Ferris, que alterou a idade do garoto no documento de identidade. Viajando pelo interior do país, teve a ideia de fazer o papel de caipira. Em 1935, criou a sua Companhia de Teatro de Emergência, que atuava no chamado Pavilhão Mazzaropi, um barracão de zinco que montava e desmontava.
Depois, criou a Trupe Mazzaropi, com repertório fixo. Em 1946, foi contratado pela Rádio Tupi do Rio de Janeiro, onde trabalhou no programa “Rancho Alegre”, dirigido por Cassiano Gabus Mendes.
Convidado pela Vera Cruz, em 1951, fez seu primeiro filme: “Sai da Frente”. Em 1958, com recursos próprios, comprou uma fazenda em Taubaté e montou a Produções Amácio Mazzaropi – Pam Filmes. O primeiro filme que fez foi “Chofer de Praça”.
No ano seguinte, com “Jeca Tatu”, encarnando o personagem criado por Monteiro Lobato, o típico caipira de calças pula-bejo, paletó apertado, camisa xadrez e botinas, conquistou a maior bilheteria do cinema nacional. O sucesso persistiu nas décadas de 1960 e 1970.
Ao todo, Mazzaropi fez 32 longas-metragens, contando histórias que abordavam o racismo, a religião, a política e até a ecologia, com simplicidade e bom humor, falando “a língua do povo”, para o povo que o adorava. Mesmo sendo considerado superficial pela crítica e pela elite intelectual, deixou uma marca indelével na cultura nacional. Seus filmes ainda atraem o público no interior do país e são encontráveis em vídeo e DVD.
Em 1970 a revista VEJA publicou uma entrevista com ele que destaco alguns trechos a seguir:
MAZZAROPI por ele mesmo – “sou um cara que sempre acreditou no cinema nacional e que, mas cedo do que todos pensam, pode construir a indústria do cinema no Brasil. A história de um ator bom ou mau que sempre manteve cheios os cinemas. Que nunca dependeu do INC – Instituto Nacional do Cinema – para fazer um filme. Que nunca recebeu uma crítica construtiva da crítica cinematográfica especializada – crítica que se diz intelectual. Crítica que aplaude um cinema cheio de símbolos, enrolado, complicado, pretensioso, mas sem público. A história de um cara que pensa em fazer cinema apenas para divertir o público, por acreditar que cinema é diversão, e seus filmes nunca pretenderam mais do que isso. Enfim, a história de um cara que nunca deixou a peteca cair.”
Frases:
“Mas sempre tive uma preocupação: conversar com o público como se fosse um deles.”
“A preocupação dos meus pais quando eu saí de casa: “quem faz teatro morre de fome em cima do palco”. Eu fiz e não morri, pelo contrário, sempre tive sorte – sempre ganhei dinheiro.”
“Não, acho que dinheiro não traz felicidade na vida. Tá certo que ajuda, mas, em compensação, quem tem, além de viver intranquilo, passa a ter desconfiança em vários setores da vida. Quem tem dinheiro sempre duvida de quem se aproxima – não sabe se é um amigo ou se vem dar uma bicada.”
“Eu represento os personagens da vida real. Não importa se um motorista de praça, um torcedor de futebol ou um padre. É tudo gente que vive o dia-a-dia ao lado da minha plateia. Eu documento muito mais a realidade do que construo.”
Não tenho nada contra ele (palavrão). Pelo contrário, até gosto das peças que têm nu, palavrão, mas quando eles vêm por necessidade, por decorrência da própria história. Não do palavrão, do nu forçados. De um punhado de gente pelada se esfregando maliciosamente pelas paredes do teatro; do sensacionalismo para ganhar público.”
Para o leitor eu destaco e indico assistirem ao menos o filme TRISTEZA DO JECA, muito oportuno para o momento. No filme, em plena campanha para prefeito, dois coronéis (Felinto e Policarpo) disputam apoio político do Jeca, que tem uma bela e ingênua filha querendo casar. Jeca faz com que pensem que ambos os políticos têm seu apoio. As eleições ocorrem num clima de suborno. Os cabos eleitorais de ambos partidos compram eleitores. Assista bom para o humor e para uma reflexão profunda no final.
Informações: Blog JORNAL DE CARUARU

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