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quinta-feira, 12 de abril de 2012

RITUAL MACABRO: ASSASSINOS DE GARANHUNS MATAVAM AS VÍTIMAS E FAZIAM COXINHAS COM A CARNE PARA VENDER EM CARUARU E REGIÃO

Após matá-las, afirmam que separavam coração, fígado e músculos, depois cozinhavam e comiam. Outra vala estava pronta esperando por mais um corpo.

Nesta quinta-feira (12), a polícia de Garanhuns conseguiu obter novidades sobre o caso do trio que assassinou e esquartejou duas mulheres e enterrou no quintal da casa onde moravam. Após depoimento dos suspeitos, foi descoberto que Jéssica Camila da Silva Pereira, a amante, na verdade, era o nome de uma moradora de rua. Ela teria sido assassinada por eles em 2008, no Bairro Novo, em Olinda. Segundo o delegado responsável pelo caso, Wesley Fernandes, Bruna Cristina da Silva adulterou todos os documentos da vítima, que na época do crime tinha apenas 17 anos.

Ainda de acordo com a polícia, a mulher, que foi vista pelo trio pedindo dinheiro em um sinal segurando uma criança no colo, foi atraída junto, com seu filho recém-nascido, após um convite de trabalho e moradia. Tática que também foi utilizada com as outras vítimas do trio da loucura.

Após passar algum tempo morando junto com seus próprios assassinos, Jéssica, que era citada no diário de um Esquizofrênico como “adolescente maldita”, acabou se envolvendo no triângulo amoroso entre Jorge, Bruna e Isabel. Dois meses depois, brigas motivadas por ciúmes fizeram com que os suspeitos colocassem em prática o plano de matar Bruna e ficar com a criança. Os suspeitos afirmaram que precisam de um filho para que conseguissem ter uma família mais feliz.

O instinto assassino impressiona pelos requintes de crueldade utilizadas para matar a vítima. Após esquartejá-la, eles retiravam o coração – parte que afirmaram ser a preferida -, o fígado, e os músculos da perna, ferviam e comiam juntos, numa espécie de ritual macabro, inclusive dando partes dos corpos para a criança ingerir. A polícia acredita que esse mesmo ritual foi feito também com as outras vítimas.

Em depoimento, o trio também disse participar de uma seita antissemita chamada “Cartel”. Eles revelaram que descriminavam mulheres com muitos filhos e que já tivessem praticado aborto e queriam fazer uma espécie de contenção demográfica. Isabel confessou o assassinato de sete pessoas. Os crimes teriam sido cometidos em várias localidades do Estado. Jorge também confessou ter matado uma pessoa quando tinha 12 anos de idade. Segundo a polícia, devido à inconstância de informações repassadas pelos suspeitos e ao histórico de doença mental da dupla, a veracidade das declarações será investigada.

Isabel também confirmou que vendia coxinhas, empadas, entre outros, feitos com a carne das vítimas. A carne era congelada, desfiada e também era utilizada para alimentar a família. A suspeita era ambulante e vendia os salgados em diversas partes de Caruaru e Garanhuns.

Uma outra pessoa que seria assassinada pelo trio, e que inclusive já tinha uma vala pronta para o seu corpo, já foi identificada e também se tratava de uma adolescente. A polícia conseguiu chegar a jovem após sua mãe reconhecer as características do trio e entrar em contato. A adolescente vai prestar depoimento na tarde desta quarta-feira na Delegacia de Garanhuns.

População revoltada invade e destrói casa da família 

Durante a madrugada desta quarta-feira (12), moradores da localidade invadiram, saquearam e tocaram fogo na casa da família, o que vai atrapalhar um pouco a investigação e busca por indícios, já que o fogo destruiu quase tudo. A polícia ainda conseguiu prender em flagrantes alguns suspeitos que estavam levando alguns eletrodomésticos da casa, como geladeira, fogão e a televisão. Os objetos já foram recuperados. 

Informações: Folha PE

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