A ministra do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) Laurita Vaz acatou, nesta sexta-feira (22), novo recurso apresentado por Julio Lossio (PMDB), por meio de agravo regimental, pedindo o retorno ao cargo de prefeito de Petrolina, no Sertão de Pernambuco. Com isso, o peemedebista reassumirá o cargo na segunda-feira (25), após 11 dias afastado.
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Na decisão, a ministra avaliou que “sucessivas alternâncias na chefia do Poder Executivo devem ser evitadas, porquanto geram insegurança jurídica e descontinuidade administrativa”.
Anteriormente, Laurita Vaz tinha avaliado que “o uso promocional da desapropriação dos terrenos não ocorreu em razão do número de pessoas presentes na solenidade, mas, principalmente, pelo caráter nitidamente eleitoreiro do discurso proferido pelo candidato Julio Lossio, pela grande cobertura da mídia local e ainda pelo alargamento da notícia pelas pessoas beneficiadas”. O episódio resultou na ação do PSB contra Lossio.
Procurado pela reportagem, o prefeito não retornou as tentativas de contato. Por meio do seu perfil da rede social Facebook, ele enviou recado indireto aos adversários: “Sou como a caatinga, que parecendo morta renasce ainda mais forte”.
Já o vice-prefeito, Guilherme Coelho (PSDB), disse acreditar na Justiça. “Estamos lá para continuar o trabalho que o povo nos concedeu”. Lossio foi reeleito com 18 mil votos de diferença do segundo colocado, o deputado Fernando Filho (PSB). O peemedebista é visto pela direção nacional do partido como um possível nome para disputar o governo de Pernambuco em 2014.
A cassação de Lossio ocorreu em agosto, por 4 votos a 3, pela acusação de realizar atos administrativos públicos durante o período de campanha de 2012, prática vedada pela lei, por causa de um evento que marcou a regularização de imóveis no loteamento Terras do Sul. No início do mês, o TRE-PE decidiu pelo afastamento, enquanto ele recorria do mérito da ação no TSE. O pedido foi feito por Fernando Filho.
O socialista foi diplomado prefeito no último dia 20 e havia marcado a cerimônia de posse para a próxima quarta (27). Desde então, já se movimentava em busca de informações da gestão. Para assumir, ele teria que renunciar à cadeira na Câmara Federal - decisão irreversível. O ato estava previsto para ocorrer na próxima semana. Procurado ontem pela reportagem, Fernando não atendeu às ligações.
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