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quarta-feira, 9 de julho de 2014

DO BLOG DE INALDO SAMPAIO: MOVIDO PELA FÉ E PELA ESPERANÇA

Embora sua aliança não seja grande coisa (cinco pequenos partidos) e seu tempo de TV deixe muito a desejar (apenas 1 minuto e 54 segundos), Eduardo Campos continua convencido de que será o sucessor de Dilma na Presidência da República. Conforme registro desta Folha, ele aproveitou um ato político em defesa da candidatura de Paulo Câmara, anteontem, no Recife, para transmitir esta mensagem de otimismo aos correligionários: 

Reprodução
“Pernambuco vai ver um filho desta terra subir aquela rampa (do Palácio do Planalto) para honrar a nossa história e recolocar o Brasil nos trilhos”. Bem, se política fosse uma ciência exata já se poderia dizer que os finalistas do primeiro turno seriam Dilma e Aécio Neves por terem estrutura partidária maior e bem mais tempo de televisão. No entanto, é exatamente pelo fato de a política ser uma caixa de surpresas que o ex-governador botou na cabeça que essa é dele e ninguém toma. Aguardemos, pois.

Disputa do PT com o PSB

O PT e o PSB repetiram a aliança de 2010 e estão apoiando a reeleição do governador Camilo Capiberibe (PSB-AP), que promete neutralidade na disputa presidencial. Já no Espírito Santo os petistas abandonaram o governador Renato Casagrande (PSB) para apoiar o peemedebista Paulo Hartung. E na Paraíba a cúpula do PT foi à justiça para tentar anular a convenção que aprovou o apoio do partido à reeleição do governador Ricardo Coutinho (PSB), em troca da vaga de vice.

Proposta – Eduardo Campos (PSB) revelou em Goiás que em 2013 recebeu a seguinte proposta da cúpula nacional do Partido dos Trabalhadores: ele apoiaria Dilma à reeleição e seria apoiado por ela em 2018. Só não disse quem fez a proposta, embora se saiba que, dentro do PT, duas lideranças insistiam nesse tema: o ex-presidente Lula e o governador Jaques Wagner (PT-BA).

Rinha – Jerônimo Gadelha (PSB), ex-prefeito de Abreu e Lima, vota no PTB para governador porque seu sobrinho e também ex-prefeito, Flávio (PMDB), vota em Paulo Câmara (PSB).

Comitê – Paulo Câmara, Raul Henry e Fernando Bezerra Coelho estarão sábado em Araripina para a abertura do comitê da 1ª dama, Roberta Arraes, candidata a deputada estadual pelo PSB.

Pesquisa – A Rede Globo Nordeste deverá divulgar na próxima semana a primeira de uma série de pesquisas encomendadas ao Ibope sobre a disputa eleitoral pelo Governo de Pernambuco.

Dignidade – O senador Armando Monteiro (PTB) diz que o governador João Lyra Neto comportou-se até agora de “forma digna” à frente do Governo do Estado e não acredita que ele vá colocar a “máquina pública” a serviço da candidatura de Paulo Câmara (PSB).

Papelão – O senador Pedro Taques (PDT-MT) jantou várias vezes no apartamento do colega Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE), em Brasília, acenando com a possibilidade de apoiar Eduardo Campos (PSB) para presidente da República. Mas decidiu ficar com Aécio Neves (PSDB).

Tristeza – Funcionários do escritório político do deputado Inocêncio Oliveira (PR), no Recife, estão preocupados com o estado de tristeza em que ele se encontra por não ser candidato à reeleição. Há 40 anos, a agenda do parlamentar é invariável: viagem a Brasília às terças-feiras e retorno do Recife às sextas. É esse “vazio” na agenda que ele não sabe ainda como vai preencher.

Firmeza – Embora tenha apreço por Aécio Neves (PSDB) e veja nele muitas semelhanças com o avô, Tancredo, o senador Pedro Simon (PMDB-RS) vota em Eduardo Campos para presidente da República. Ele avalia que o ex-governador de Pernambuco pode repetir o estilo Itamar Franco: aprovar no Congresso os projetos de interesse do governo sem fazer concessões ao fisiologismo.

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