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quarta-feira, 15 de outubro de 2014

A REELEIÇÃO NO FOCO DO DEBATE ELEITORAL

Com informações do Blog de Inaldo Sampaio -

Aécio Neves introduziu em seu programa de governo o compromisso de lutar por um mandato de cinco anos para ocupantes de cargos executivos, sem direito à reeleição. Esse era também o compromisso do falecido candidato, Eduardo Campos, reiterado por Marina Silva como candidata do PSB. Para fazer essa mudança, todavia, é necessária uma emenda à Constituição, que só se aprova com o apoio de três quintos da Câmara e do Senado, em duas votações. 

Como os governadores recém eleitos para o primeiro mandato não têm interesse nessa mudança, bem como os que se elegerão no próximo dia 26, pergunta-se: por que gastar tempo e energia prometendo uma alteração que não tem a menor possibilidade de ser aprovada, dado que também tem a oposição dos prefeitos eleitos dois anos atrás? Só há uma explicação, portanto, para essa promessa de Aécio: afagar Geraldo Alckmin, que é a bola da vez no PSDB para 2018.

A sobrevida do Democratas

A eleição de Priscila Krause para a Assembleia Legislativa e a reeleição de Mendonça Filho para a Câmara Federal dá uma sobrevida ao DEM em Pernambuco. O partido está fragilizado, nacionalmente, mas dois dos seus deputados federais eleitos foram campeões de votos: Alberto Fraga (DF) e Moroni Torgan (CE). Fraga obteve 155 mil e Torgan 278 mil. Já o ex-presidente da Chesf, José Carlos Aleluia (BA), assegurou seu retorno à Câmara com quase 102 mil votos.

Traição – O PSB sempre foi um partido dividido desde que tinha na sua presidência o ex-governador Miguel Arraes. Agora, sob a presidência de Carlos Siqueira, o racha tende a se aprofundar. Filiados como Roberto Amaral (RJ), Luíza Erundina (SP) e Lídice da Mata (BA) dizem que o partido “traiu” seus princípios e sua história ao dar apoio a Aécio Neves (PSDB).

Disputa – Diz o ex-deputado Emanuel Bringel (PSDB) que até o 1º turno da eleição ninguém queria saber de Aécio Neves no Sertão do Araripe. Hoje, garante, disputa-se adesivo no tapa.

Volta – Aécio voltará ao Nordeste na próxima 6ª para participar de eventos na Paraíba e na Bahia. Ele precisa ampliar seu espaço na região, onde obteve apenas 14% dos votos no 1º turno.

Pedido – Lula, em sua próxima visita a Pernambuco, fará o que não fez no 1º turno. Pedir votos para Dilma (PT) mostrando o muito que fez pelo Estado em parceria com Eduardo Campos.

Fusão – É improvável que vá adiante a tese da fusão do PPS com o PSB, a menos que o presidente do novo partido seja o pernambucano Roberto Freire (foto), não reeleito à Câmara Federal pelo Estado de SP. Num eventual governo Aécio, Freire tem tudo para ser ministro.

Vitória – Álvaro Porto (PTB), ex-prefeito de Canhotinho e deputado estadual eleito, obteve em sua cidade 68,5% dos votos válidos. É um percentual jamais obtido por outro candidato em qualquer tempo. Quando deixou a prefeitura, em 31/12/2012, ele tinha 92% de aprovação.

Saldo – Mesmo que o PSB eleja os governadores da PB (Ricardo Coutinho) e do DF (Rodrigo Rollemberg), o saldo será inferior ao de 2010 quando era presidido por Eduardo Campos. Há quatro anos, o partido elegeu seis governadores: o próprio Eduardo (PE), Ricardo Coutinho (PB), Cid Gomes (CE), Wilson Martins (PI), Camilo Capiberibe (AP) e Renato Casagrande (ES).

Partida – Paulo Souto (DEM), candidato derrotado ao governo da BA, é bom de partida é ruim de chegada. Largou na frente em 2006, 2010 e 2014 e perdeu todas para o PT. Duas para Jaques Wagner, atual governador, e a última para Rui Costa. Aliás, numa de suas últimas conversas com o prefeito de Salvador, ACM Neto (DEM), Eduardo Campos o aconselhou a apresentar uma “cara nova”.

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