Com informações do Blog de Inaldo Sampaio -
Em vida, Eduardo Campos sempre se recusou a declarar, pelo menos publicamente, se apoiaria Aécio Neves num eventual segundo turno da eleição presidencial. Sempre que era questionado sobre esta hipótese, cortava a palavra do seu interlocutor dizendo que ele, Eduardo Campos, é quem iria ao segundo turno com a presidente Dilma Rousseff. Aécio Neves, em linha contrária, sempre fez questão de deixar claro que se não passasse para o segundo daria tranquilamente seu apoio ao ex-governador de Pernambuco. Foi o que disse também o ex-presidente FHC na última quinta-feira.
Que se Marina fosse finalista, o PSDB tinha obrigação de apoiá-la, esperando também o apoio dela se o outro finalista fosse Aécio. O tucano chegou à final com Dilma Rousseff e o PSB nacional ainda não se pronunciou sobre o assunto. Vai a reboque dos próprios eleitores de Marina Silva, que independente da vontade dela deverão marchar com o tucano.
Tudo começou com ele
Em setores de cúpula do PT, culpa-se o deputado federal João Paulo pela monumental crise em que o partido mergulhou em Pernambuco desde a eleição para prefeito do Recife em 2012. Se ele não tivesse se desentendido com o seu sucessor na PCR, João da Costa, não teria existido Geraldo Júlio e o partido não teria passado pela humilhação que está passando: o próprio João Paulo derrotado para a vaga do Senado, bem como todos os seus candidatos à Câmara Federal.
Coerência – O eleitor, em muitas ocasiões, costuma retribuir com votos a coerência dos políticos. Foi o que ocorreu nessas eleições com Daniel Coelho (PSDB) e Priscila Krause (DEM). Ambos recusaram-se a engrossar o cordão da Frente Popular para manter a coerência da oposição ao PSB. Daniel elegeu-se muito bem deputado federal, e Priscila deputada estadual.
Mulheres – Das duas mulheres de Araripina que disputaram mandato de deputado estadual, apenas Socorro Pimentel (PSL) se elegeu. Roberta Arraes (PSB) ficou na quarta suplência.
Sucessão – Independente de Aécio Neves eleger-se ou não presidente da República, o PSDB já tem candidato a prefeito do Recife daqui a dois anos: o deputado federal eleito Daniel Coelho.
Fraqueza – O fato de Marina Silva (PSB) só ter vencido as eleições em PE e no AC revela que o país inteiro se convenceu de que ela não estava preparada para ser presidente da República.
Ausência – Os dois pernambucanos que se elegeram deputado federal por São Paulo em 2010 estarão fora da Câmara a partir de 2015. Roberto Freire , presidente nacional do PPS, não foi reeleito e Aline Corrêa (PP) não concorreu. Freire obteve apenas 62 mil e 800 votos.
O trio – Das cidades de PE, somente Petrolina terá três representantes na Câmara Federal e três na Alepe. Os federais são Gonzaga Patriota (PSB) Fernando Filho (PSB) e Adalberto Cavalcanti (PTB). E os estaduais Miguel Coelho (PSB), Lucas Ramos (PSB) e Odacy Amorim (PT).
Equipe – É tarefa difícil para o governador eleito, Paulo Câmara (PSB), contemplar em sua equipe de governo os 21 partidos da Frente Popular que o apoiaram, mas ele vai enfrentar o desafio. Além disso, se quiser compor um “governo novo” terá que se desfazer da maior parte do secretariado do governador João Lyra Neto, que foi uma peça importante na consolidação de sua vitória.
Senado – Além de Fernando Bezerra (PE), o PSB conseguiu eleger mais dois senadores, elevando sua bancada de quatro para seis membros: Romário (RJ) e Roberto Rocha (MA). Lideraram a corrida até às vésperas da eleição, mas foram ultrapassados por adversários os candidatos Vilma Faria (RN), Wilson Martins (PI) e Paulo Bornhausen (SC). A derrota do trio foi uma surpresa.
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