Com informações do Blog do Magno Martins -
Com 10 mandatos federais, ao longo dos quais assumiu todos os cargos da mesa-diretora da Câmara dos Deputados, entre os quais a Presidência, o deputado Inocêncio Oliveira foi vítima de uma brutal injustiça no curso da campanha presidencial de segundo turno.
Tanto no primeiro turno quanto no segundo, os republicanos subiram no palanque de Dilma, até porque ocupam cargos no seu Governo. Inocêncio, que já havia votado em Marina no primeiro turno, posição negociada com a própria direção nacional, tinha que seguir ao lado dos seus aliados no Estado, optando por Aécio.
O pretexto de uma “dissidência” aberta pelo deputado também se traduz numa falácia. Afinal, o interventor Anderson Ferreira votou no primeiro turno em Marina e, como Inocêncio, optou por Aécio no segundo turno, conforme declarou numa entrevista.
Dois deputados estaduais eleitos pelo PR – Alberto Feitosa e Rogério Leão – e um federal eleito, o atual deputado estadual Sebastião Oliveira, foram a Brasília, ontem, tentar reverter a intervenção, mas voltaram sem uma definição.
A executiva nacional lavou as mãos. Mandou que os dois grupos se entendessem num encontro a ser marcado para a próxima semana. Pelo jeito, Brasília vai levar com a barriga e não quer reconhecer o grave erro cometido. O PR só tem dimensão no Estado hoje graças ao prestígio e a força de Inocêncio.
Mas a direção nacional pensa diferente, certamente porque Inocêncio não disputou a reeleição. Mas mesmo sem mandato, ele tem muito mais condições de alavancar o partido no Estado do que o apagadinho Anderson Ferreira.
DIÁLOGO – O senador eleito Fernando Bezerra Coelho visitou o Ministério da Integração. Ele foi ministro da pasta e seu gesto, segundo o colunista Ilimar Franco, foi um recado para o PSB. Ele quer dialogar com o governo. A presidente Dilma teve 70% dos votos no Estado, que precisa de recursos federais para a transposição do São Francisco e para o Canal de Entremontes.
Vaia em plenário – Ao subir à tribuna, ontem, para um aparte ao discurso do senador Aécio Neves, que reassumiu sua cadeira ontem no Senado, o pernambucano Humberto Costa (PT) levou uma vaia quando saiu em defesa da presidente Dilma.
A culpada – O governador do Mato Grosso do Sul, André Puccineli, cujo candidato a governador, Nelsinho Trad, ficou em terceiro lugar na disputa, chamou atenção dos jornalistas no jantar que Michel Temer ofereceu aos senadores e deputados do partido. Chamando a presidente por 'essa mulher', jogou a culpa da derrota no colo de Dilma.
Mais um veto – Dilma vai vetar o projeto, já aprovado pelo Congresso, que prorroga por mais quatro anos o prazo que os municípios cumpram a nova lei dos aterros sanitários, que implica no fim dos lixões. Mas a presidente não contraria os prefeitos. Deve editar uma MP flexibilizando os prazos, entre dois a quatro anos, a depender do perfil do município.
Kassab em Cidades – Senadores, deputados e prefeitos do PSD que estiveram, ontem, com a presidente Dilma no Palácio do Planalto saíram com a certeza de que o presidente nacional da legenda, Gilberto Kassab, vai despachar na Esplanada dos Ministérios a partir de janeiro, ocupando provavelmente a pasta de Cidades.
CURTAS
NEOGOVERNISTA – Doze anos sem pisar nos tapetes palacianos, o deputado federal eleito André de Paula (PSD) estava sem jeito, ontem, no primeiro encontro do seu partido, que virou governista, com a presidente Dilma. De Paula vem da escola macielista e nunca engoliu o PT nem o PT ele.
DOCUMENTO – Os prefeitos pernambucanos devem encaminhar a presidente Dilma, na próxima semana, um diagnóstico contundente sobre a situação de penúria que os municípios enfrentam. O texto final está sob a responsabilidade do presidente da Amupe, José Patriota.
Perguntar não ofende: Lula vai assumir a coordenação política de Dilma?
'Porque melhor é que te digam: Sobe aqui; do que seres humilhado diante do príncipe que os teus olhos já viram'. (Provérbios 25-7)
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