Com informações do Blog de Inaldo Sampaio -
No início da próxima semana, o governador Paulo Câmara vai solicitar uma audiência à presidente Dilma Rousseff para tratar de pendências administrativas do Estado de Pernambuco. Não há a mais remota dúvida de que a presidente o receberá, por duas razões. Primeira, porque precisa demonstrar ao país que a eleição passou e que é presidente de todos os brasileiros. Segunda, porque tem uma base inconfiável no Congresso e nas votações mais apertadas pode recorrer ao PSB, que terá seis senadores e 34 deputados federais a partir de fevereiro.
Há uma certa compreensão por parte da presidente de que o PSB rompeu com ela não por divergências de ordem doutrinária e sim pela necessidade de empinar a candidatura de Eduardo Campos à margem do PT e do PSDB. Além disso, o governo avalia que apesar dos embates da campanha o PSB está muito mais próximo da presidente do que dos oposicionistas PSDB, PPS e DEM.
Sem primeiro-ministro
Até pelo seu jeito simples, afável e humilde, Paulo Câmara não admitirá em sua equipe a figura do “primeiro- ministro”, ou seja, daquele secretário que quando fala tudo mundo sabe logo que está falando em nome do governador. Mas terá em seu entorno dois secretários com poderes políticos acima da média: Danilo Cabral (Planejamento e Gestão) e Antônio Figueira (Casa Civil). Este último, que é médico e foi secretário de saúde, decidiu fazer carreira política.
Poesia – Se estivesse vivo, Ariano Suassuna viajaria amanhã para São José do Egito, em companhia do governador, para participar dos festejos do centenário do poeta Lourival Batista Patriota. Ariano e o jornalista Rogaciano Leite, também poeta e natural de São José do Egito, organizaram no Teatro de Santa Isabel, em 1948, o 1º Congresso de Cantadores do Nordeste.
Posse 1 – Os prefeitos Alexandre Arraes (Araripina), José Queiroz (Caruaru) e Madalena Britto (Arcoverde) foram vistos no Palácio das Princesas na solenidade de posse de Paulo Câmara.
Posse 2 – Até pelo incômodo da data, poucos petistas de Pernambuco prestigiaram a posse da presidente Dilma. As exceções foram Humberto Costa, Teresa Leitão e Odacy Amorim.
Posse 3 – Dos novos ministros de Dilma, o único que teve direito a dois cumprimentos – antes e depois da assinatura do livro de posse – foi o pernambucano Armando Monteiro (PTB).
Longevo – O vereador Leonardo Chaves (PSD) assumiu ontem pela 8ª vez a presidência da Câmara Municipal de Caruaru. Ele chegou à Casa em 1977 pelas mãos do então prefeito João Lyra Filho, pai do ex-governador João Lyra Neto, e nunca mais saiu. Lá se vão 38 anos.
Atraso – Dos cinco Centros Comunitários da Paz (Compaz) que o prefeito Geraldo Júlio (PSB) prometeu construir em sua gestão, nenhum ainda ficou pronto. Esse tema deverá entrar na pauta da reunião do “Pacto pela Vida” que Paulo Câmara terá hoje com as Polícias Civil e Militar.
Largada – Geraldo Alckmin tomou posse pela 4ª vez como governador de SP e já teve o nome lançado por tucanos como candidato à sucessão de Dilma em 2018. A disputa com Aécio pelo apoio do PSB será acirrada. Aécio promete não lançar candidato próprio a prefeito do Recife em 2016, contra Geraldo Júlio. Mas se Alckmin sair candidato o governo ficará com o vice Márcio França (PSB).
Frieza – Dilma foi profundamente deselegante com Eduardo Cunha (PMDB-RJ), candidato a presidente da Câmara Federal, na sessão de posse no Palácio do Planalto. Ele estava na fila de cumprimentos e quando a presidente o viu saiu de fininho para não cumprimentá-lo. Cunha virá ao Recife na próxima semana para receber o apoio de Jarbas Vasconcelos (PMDB) e Mendonça Filho (DEM).
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