Com informações do Blog de Inaldo Sampaio -
Desde a morte de Eduardo Campos, no dia 13 de agosto do ano passado, abriu-se um vazio político em Pernambuco que ainda não foi preenchido, e não se sabe quando será. Ele foi a um só tempo um gestor público moderno, obstinado e realizador. E um líder político que tinha como alvo a Presidência da República. Se chegaria lá nunca saberemos. Mas só o fato de ter-se viabilizado como candidato, quebrando a polarização entre PT e PSDB, fez dele o maior líder político do Estado nos últimos 50 anos.
Governadores de estados mais ricos como Sérgio Cabral (RJ) e Jaques Wagner (BA) passaram ao largo desta sucessão, donde se conclui que Eduardo Campos estava bem à frente deles dois. Ele uniu a maioria dos pernambucanos em torno do seu projeto presidencial e deu outra cara à economia do Estado a partir do ano de 2007. O vazio que deixou continua aberto e só o tempo dirá se Paulo Câmara terá capacidade para preenchê-lo.
A saúde de Marco Maciel
Amigos de Marco Maciel relatam com tristeza que a saúde dele não é mais a mesma desde que perdeu a eleição para o Senado em 2010. Quase não sai mais de casa, salvo para visitar algum parente, e não mais frequenta os chás da Academia Brasileira de Letras, que era um dos seus programas prediletos. A vida inteira ele foi político e saiu com a ficha limpa de todos os cargos públicos que ocupou, incluindo o Governo do Estado e a Vice-Presidência da República.
Eleição – A partir de hoje, quando os novos governadores tomarão posse, terá início o debate sobre 2016. São pré-candidatos a prefeito os deputados estaduais Odacy Amorim (Petrolina), Socorro Pimentel (Araripina), Raquel Lyra (Caruaru) e Lula Cabral (Cabo) e os federais João Fernando Coutinho (Jaboatão), Fernando Filho (Petrolina) e Adalberto Cavalcanti (Petrolina).
Time – O prefeito Geraldo Júlio (PSB) deve convidar dois deputados estaduais para sua equipe a fim de abrir vaga na Alepe para Marcantônio Dourado (PSB) e Maviael Cavalcanti (DEM).
Mesa 1 – Paulo Câmara parece decidido a não se envolver na eleição para a escolha da nova mesa diretora da Alepe, o que deixará Guilherme Uchoa (PDT) na condição de franco favorito.
Mesa 2 – O argumento de parlamentares do próprio PSB que têm simpatia por Uchoa é o seguinte: se ele não fosse útil ao governo, por que Eduardo Campos o apoiaria quatro vezes?
Mudança – Carlos Lupi, presidente nacional do PDT, vai renovar agora em janeiro a comissão executiva regional provisória. O deputado Paulo Rubem quer substituir o próprio Lupi no comando do partido em Pernambuco. Mas não tem apoio do prefeito José Queiroz (Caruaru).
Fundo – Uma das primeiras prioridades do governador Paulo Câmara é liberar recursos para as prefeituras concluírem as obras iniciadas com recursos do FEM. No Estado inteiro há centenas de obras inconclusas por absoluta falta de recursos. O Fundo custa, por ano, R$ 250 milhões.
Subsídio – Prefeituras de diversas capitais já anunciaram para este mês de janeiro o reajuste no preço das passagens de ônibus. No Recife o preço está congelado desde junho de 2013, quando manifestações de rua assustaram os governantes. Agora, porém, não há outra alternativa: ou o governo concorda com o reajuste ou terá que desembolsar de subsídio algo em torno de R$ 300 milhões/ano.
Ano Novo – A coluna agradece e retribui os votos de boas festas recebidos dos seus milhares de leitores. O ano que ontem se encerrou não foi dos melhores para o Brasil, mas ainda assim registraram-se avanços: a descoberta do escândalo da Petrobras e a conclusão dos trabalhos da Comissão Nacional da Verdade, mesmo com a má vontade das Forças Armadas. Feliz Ano Novo para todos!
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