Com informações do Blog de Inaldo Sampaio -
Não faz jus à inteligência dos líderes Mendonça Filho (DEM) e Bruno Araújo (PSDB) as cenas que protagonizaram na Câmara Federal para reafirmar que fazem oposição ao governo de Dilma Rousseff. O primeiro, dias atrás, subiu à tribuna com um nariz de Pinóquio. E o segundo filmou a “brincadeira de mau gosto” (expressão do presidente Eduardo Cunha) de um servidor da vice-presidência, aliás já exonerado, que soltou seis roedores no recinto onde se realizava mais uma oitiva da CPI da Petrobras, espalhando as imagens que depõem contra o próprio poder por meio das redes sociais.
Ora, Dilma tem dado munição de sobra aos “contras” para fazerem uma oposição que seja digna da importância do parlamento. Brincadeiras desse tipo poderiam até ser aceitáveis se partissem do deputado Tiririca. Mas não se tem notícia de que o palhaço cearense, eleito por São Paulo, tenha tomado alguma atitude para ridiculizar o poder a que pertence.
Conflito entre os poderes
Não há notícia em Pernambuco nos últimos 30 anos de um conflito entre os poderes Executivo e Legislativo por causa de verbas orçamentárias. No que se instalou na última quinta-feira os dois lados têm alguma razão. O Poder Judiciário quer a sua parte no projeto de Lei Orçamentária que a Assembleia Legislativa aprovou para o ano de 2015 (R$ 1,8 bilhão) e o Poder Executivo diz que esse dinheiro não entrou nos cofres do Estado. Viria de um empréstimo que não foi feito.
Tarefas – Para racionalizar o seu trabalho na Assembleia Legislativa, a bancada da Oposição vai dividir tarefas. Sílvio Costa Filho (PTB) ficará responsável pela fiscalização do Pacto pela Vida, Teresa Leitão (PT) e Edilson Silva (PSOL) pela educação, Romário Dias (PTB) pelas parcerias público-privadas, Álvaro Porto (PTB) pelos contratos da Empetur/Fundarpe, e assim por diante.
Visita – O PSB já fez as contas. Paulo Câmara não vai poder visitar mais do que 30 cidades nas eleições de 2016. Nas outras 150 a Frente Popular estará dividida: PSB x PMDB, PSB x PSDB, etc.
Confronto – Geraldo Júlio resolveu seguir à risca o ensinamento do ex-governador Roberto Magalhães: “Governo é governo e oposição é oposição”. A vereadora Isabella de Roldão (foto) é oposição.
Reunião – Será preto no branco a reunião dos governadores do Nordeste com os parlamentares da região no próximo dia 15. Ou ajudam a aprovar as medidas de ajuste fiscal ou não terá grana para ninguém.
Pressa – Sileno Guedes, presidente estadual, já rotula Paulo Câmara como uma grande liderança nacional. Esquece que Eduardo Campos para virar líder “ralou” durante mais de 20 anos como deputado estadual, federal, líder de bancada, secretário do Governo e da Fazenda, ministro e governador.
Multa – Na véspera de ter sua prisão decretada pelo juiz Sérgio Moro, o deputado Pedro Corrêa (PP) recolheu a primeira parcela da multa a que foi condenado no processo do mensalão: R$ 47 mil. O parcelamento foi acordado entre os advogados dele e o ministro Luís Roberto Barroso (STJ), relator do processo.
Torpedo – O senador Aloysio Nunes (PSDB-SP) chamou de “pusilânimes” os senadores Fernando Bezerra (PE), Romário (RJ), João Capiberibe (AP), Lídice da Mata (BA) e Roberto Rocha (MA), todos do PSB, por terem retirado suas assinaturas da CPI dos Fundos de Pensão. Ele classificou de “vergonhosa” a retirada das assinaturas e questionou a “independência” do partido em relação ao governo.
Redução – Entidades que são contrárias à redução da maioridade penal de 18 para 16 anos alegam que onde esse patamar de idade já existe não houve queda nos índices de violência. Mas o problema central não parece ser este. O que os partidários da redução desejam é que o jovem de 16 ou 17 anos que matar um semelhante possa ser processado e condenado igual a um jovem que tem 18 ou 19. Apenas isto.
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