Com informações do NE10/MUNDO BIT -
Apesar de os casos de dengue no Brasil terem diminuído, segundo boletim divulgado recentemente pelo Ministério da Saúde, os cuidados para evitar que o mosquito volte a se proliferar devem continuar. Mas, para ajudar no combate à doença, é importante que a população conheça o mosquito transmissor.
O Aedes aegypti foi descrito cientificamente pela primeira vez em 1762, e naquela época, se chamava Culex aegypti (mosquito egípcio). Apenas em 1818, ele recebeu o gênero Aedes. As teorias mais aceitas indicam que o inseto de cor preta com manchas brancas se disseminou na África e chegou ao Brasil e a outros países pelas embarcações que traziam escravos.
Em 1955, o mosquito chegou a ser erradicado do País, que foi considerado livre do vetor pela Organização Mundial de Saúde (OMS), mas como ele ainda existia em países como Venezuela, Estados Unidos, Guianas e Suriname, houve a reintrodução do Aedes no fim de década de 1960. À época, o que impulsionou a erradicação do mosquito no Brasil foi o fato de ele transmitir a febre amarela urbana.
Ao contrário do que muitos pensam, não são todos os Aedes aegypti que transmitem a doença. Como o mosquito suga o sangue humano para produzir ovos, apenas as fêmeas infectivas podem passar, neste processo, a doença para um humano. Os machos também podem picar, ocasionalmente, mas sua alimentação é composta de néctar e seiva.
Os Aedes aegypti são típicos de regiões urbanas e de clima tropical e subtropical, não conseguindo viver em regiões frias. Em condições ambientais favoráveis, após a eclosão do ovo, o desenvolvimento do mosquito para a forma adulta pode durar até 10 dias. Por isto é importante que a pessoa elimine os criadouros (qualquer recipiente que acumule água limpa e parada) uma vez por semana, quebrando, assim, o ciclo de vida dele.
Os mosquitos costumam picar o ser humano no começo da manhã ou no fim de tarde. As regiões mais visadas são os pés, tornozelos e pernas, pois costumam voar a uma altura máxima de meio metro. Uma fêmea pode dar origem a 1.500 insetos durante sua vida e as larvas filhas já podem nascer com o vírus da dengue (se a mãe estiver infectada).
O mosquito da dengue também é encontrado em outros países da América e Ásia, além de Austrália e Polinésia Pacífica.
Fotos: Reprodução
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