Era uma derrota que já se adivinhava antes mesmo de a partida começar. O Náutico, lanterna e rebaixado, vivia uma crise interna que, de tão séria, quase resultou em greve dos jogadores. O Vasco, por outro lado, era um time de enormes limitações técnicas, mas muito motivado. Pelo medo, mas motivado: precisava vencer o Timbu para seguir vivo na difícil luta contra a queda. Nem o imponderável do futebol foi capaz de salvar o Alvirrubro do revés- mais um nesta Série A. A lógica prevaleceu: Vasco 2 x 0 Timbu, neste domingo, no Maracanã.
| Foto: Facebook oficial do Vasco |
Com a derrota, o Náutico ainda corre o risco de ter a pior campanha da história dos pontos corridos. Se perder na próxima rodada, repete a pontuação do América-RN em 2007. Se tomar mais dois gols, ultrapassa os potiguares como a defesa mais vazada no mesmo período, tendo marcado menos gols. A "sorte" é que o adversário é o Corinthians, dono do segundo pior ataque do torneio. Sim: na frente apenas do próprio Timbu. Já os cariocas, mesmo com a vitória, não saíram da zona de rebaixamento. Os resultados do domingo não lhe foram positivos. Decide seu destino no último jogo do torneio, diante do forte Atlético-PR, fora de casa. Nada fácil.
O JOGO - O primeiro tempo começou como lamentavelmente a torcida do Náutico se acostumou durante este ano: com gol do adversário. São recorrentes os casos em que o Timbu saiu perdendo antes dos 10 minutos - ou pouco depois dessa marca. Neste domingo, nenhuma novidade. Aos quatro minutos, Yotún soltou uma bomba de longe, Berna tocou na bola, que bateu na trave e voltou. Edmilson, premiado por acompanhar e acreditar no lance, teve dois trabalhos: o fácil, de empurrar a bola para as redes, e o prazeroso, de correr para o abraço.
Em vários outros jogos, o gol do início era invariavelmente acompanhado por mais um ou dois ainda na primeira etapa. Isso, agora, não aconteceu. O Náutico conseguiu segurar a derrota simples nos 45 minutos iniciais. Mas não que não tenha sofrido pressão. Até os 30 minutos, só deu Vasco. Aos 11 e aos 20, o time teve duas oportunidades em jogadas aéreas. Uma foi para fora. A outra, defendida por Ricardo Berna.
A partir dos 30, o Náutico começou a melhorar um pouco. Franco-atirador, provavelmente incentivado por uma generosa mala branca do Fluminense, o Timbu passou a se aproveitar do nervosismo carioca. Maikon Leite, melhor alvirrubro em campo, foi lançado na esquerda, deixou o defensor para trás, invadiu a área pelo lado, cortou para o meio e bateu de chapa. A bola passou com perigo por cima do gol de Alessandro. Seis minutos depois, Leite recebeu passe dentro da área e iria ficar de frente para o gol - mas o zagueiro Luan conseguiu boloquear o chute na hora certa.
No segundo tempo, o jogo perdeu em qualidade - que já não era muita- e ganhou em emoção. Sobretudo para os vascaínos, que não podiam se dar ao luxo de perder a partida. É verdade que o Timbu não chegou a pressionar, mas evitou que o Bacalhau fizesse o mesmo e, com isso, ganhou um trunfo. Quanto mais o tempo passava e o time carioca não definia, mais aumentava o desconforto dos mandantes - cujo saldo de gols é mais baixo do que seus concorrentes.
Adilson Batista mudou: colocou Robinho no lugar de Thalles. O Vasco não melhorou em absolutamente nada. Pelo contrário: piorou e parou de criar oportunidades. A equipe chegava unicamente pelos lados, através dos cruzamentos de Yotun. O Timbu tentava chegar, sem lucidez, mas com disposição.
Rogério chegou com perigo aos 27, o Náutico rondou a área adversária em alguns momentos. Parecia que poderia dar para chegar. Não deu: Bernardo, que entrara havia pouco, arrancou da intermediária, passou por dois defensores e definiu, aos 42 do 2º tempo. Dois para o Vasco, zero para o Timbu.
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