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sábado, 7 de dezembro de 2013

O CUSTO DE SONHAR COM A VIDA DE MILIONÁRIO

Já imaginou se você se tornasse, de repente, uma pessoa milionária? Em busca desse sonho, muita gente investe alto. Há quem desembolse boa parte do salário com jogos de loteria. As apostas se intensificam justamente em dezembro, devido à mega-sena da virada, que neste ano deve pagar R$ 200 milhões a quem acertar as seis dezenas. Mas será que o investimento resulta em uma maior chance de levar o prêmio? E se esse mesmo valor fosse aplicado em fundos de renda fixa ou na caderneta de poupança, por exemplo, qual seria o rendimento?

Foto:  D. A Press
Só neste ano (acumulado de janeiro a outubro), a Caixa Econômica Federal arrecadou pouco mais de R$ 8,3 bilhões com as apostas nos oito jogos que promove (loteca, lotofácil, lotogol, quina, mega-sena, lotomania, duplasena e timemania). Desse total, R$ 152 milhões foram arrecadados nas lotéricas de Pernambuco. E a preferência dos pernambucanos é, de longe, a mega-sena: entre janeiro e outubro, as apostas realizadas no estado totalizaram pouco mais de R$ 61,4 milhões.

Os jogos realizados pela técnica de enfermagem Sílvia Lopes, 48, com certeza fazem parte das estatísticas. Isso porque ela gasta R$ 50 por semana em apostas na lotofácil, quina e mega-sena. “Faço isso há mais de dez anos. Nunca ganhei nada, mas não perco a esperança”, afirma ela, convicta. No entanto, apesar de gastar mais que a maioria das pessoas, as possibilidades de Sílvia tirar o prêmio principal da mega-sena são pequenas.

É o que afirma João Marcelo Tavares, professor do curso de engenharia da Faculdade Boa Viagem (FBV). “Mesmo apostando R$ 200 ou R$ 300 em um mês, quando analisamos todas as possibilidades, as chances são ínfimas. Além disso, ela aposta em vários jogos diferentes. O valor não é direcionado unicamente para a mega-sena.” De acordo com ele, com os 60 números presentes no cartão da mega-sena, há pouco mais de 50 milhões de combinações diferentes. “Por isso que ganhar ou não é mais uma questão de sorte, e não de apostas altas”, explica.

A melhor forma para ter mais chances é, segundo Tavares, fazer combinações entre as apostas. “Se a pessoa aposta em sete números, por exemplo, ela pode combiná-los em sete jogos simples. O custo, nesse caso, seria de R$ 14”, explica. Já quem aposta em oito números precisaria combiná-los em 28 volantes. Nesse caso, o preço total da aposta seria de R$ 1,5 mil (cada aposta com oito números custa R$ 56). Um valor muito salgado para a maioria das pessoas. “Por isso que os bolões são as alternativas procuradas”, constata Tavares.

A combinação de jogos seria uma boa opção para o analista de sistemas Adriano Brito, 43, que só aposta na mega-sena quando o prêmio acumula. “Sempre que isso acontece, costumo fazer quatro jogos simples. As chances de ganhar são maiores.” E ele está certo: segundo Tavares, ele tem quatro chances em 50 milhões, um pouco mais do que as pessoas que fazem jogos simples (uma em 50 milhões). “No entanto, seria mais interessante se ele pegasse esses quatro jogos e combinasse os 24 números”, explicou.

Rendimentos
“Jogos de loteria não são opções de investimento. É apenas uma questão de probabilidade”, enfatiza o coordenador de gestão financeira da Faculdade Metropolitana, Augusto Dornelas. Segundo ele, as pessoas precisam estar atentas para não comprometerem o orçamento mensal com esse tipo de gasto. “Para aquelas pessoas que realmente têm esse hábito, o recomendável é destinar, no máximo, 5% das despesas mensais”, orienta.

Caso a técnica de enfermagem Sílvia Lopes aplicasse o dinheiro na poupança, por exemplo, em uma década ela teria R$ 32,7 mil (considerando um rendimento médio de 0,5% ao mês). “Já se ela tivesse aplicado num fundo de renda fixa, como o Tesouro Direto, no mesmo período ela teria R$ 46 mil”, constata Dornelas. Silvia garante que, apesar dos gastos, nunca descontrolou o orçamento. “Além disso, eu aplico o dinheiro na caderneta de poupança e também na previdência privada”, afirma.

Já o vendedor Mário Santos, 52, que gasta mensalmente R$ 240 em loterias, poderia ter, ao longo de 10 anos, R$ 39 mil na poupança. Se a mesma quantia fosse aplicada em CDBs (Certificados de Depósito Bancários), o valor acumulado ao longo do período seria de R$ 55,2 mil (considerando um rendimento de 1% ao mês).

“Não se deve destinar o dinheiro apenas para loterias, já que não há  rentabilidade. Os títulos públicos e as letras financeiras do Tesouro, que possuem um rendimento um pouco maior que os títulos de renda fixa dos bancos privados, são algumas alternativas”, finaliza Dornelas.

Informa o PERNAMBUCO.com

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