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quarta-feira, 23 de março de 2016

800% DE ALTA NOS ÓBITOS SUSPEITOS POR ARBOVIROSES

Com informações do Folha PE -

O Governo do Estado de PE suspeita da ocorrência de 116 mortes por arboviroses nas 11 primeiras semanas em 2016. No mesmo período do ano passado, quando apenas a dengue era notificada, 13 casos haviam sido registrados. O aumento de quase 800% é alerta para a Secretaria de Saúde do Estado (SES), que tanto confirma quanto descarta os casos a passos lentos, esbarrando na burocracia necessária para realizar testes. Desde o último boletim, divulgado há uma semana, aumentaram ainda suspeitas dos casos de dengue (9,2%), da febre chikungunya (11,3%) e de zika (15,7%).

Dos óbitos registrados, 45% atingiram maiores de 60 anos. Dos 116, quatro foram descartados e dois foram confirmados para morte em decorrência de chikungunya os demais continuam em investigação. De acordo com o pesquisador Carlos Brito, um grande pico de casos da febre já era esperado para março. “A gente está em ascensão. Ela tem taxa de ataque muito alta, ou seja, a frequência de pessoas que, quando são picadas desenvolvem a doença, é de 90%. A dengue tem sintomas em apenas 30% dos casos e a zika, 50%”, explicou o médico.

Se por um lado os casos suspeitos não revelam os números reais, já que alguns serão descartados, por outro, há uma subnotificação de casos que viriam a ser registrados. “Causa estranheza que 14 mil casos foi todo o número da dengue de 2014. E a gente já está com 12 mil só este ano”, avaliou Brito.

A família de Rafael Amorim, 30, por exemplo, acredita que ele teve chikungunya há alguns dias, mas ele não foi ao hospital. “Ele teve todos os sintomas. Coceira, dores no corpo, febre. Mas não foi diagnosticado”, contou a irmã, Rebeca Amorim. Quando os sintomas desapareceram, Rafael começou a sofrer complicações para andar e falar. Na Upa de São Lourenço da Mata, na RMR, ele foi atendido e encaminhado para o Hospital da Restauração (HR). As consequências neurológicas das arboviroses ainda são um campo desconhecido para os especialistas. Rafael esperou ainda 16 horas para ser transferido porque não havia ambulância para atender todos casos que estavam no local.

A chefe da neurologia do HR, Lúcia Brito, afirmou que tem buscado dados mais detalhados sobre o acometimento neurológico e consequentes mortes por arboviroses no Estado, uma vez que o campo de análise dela são apenas os pacientes que chegam até o HR. “Vamos ter uma reunião na próxima terça-feira na Secretaria de Saúde. Não estamos recebendo essas comunicações (dos óbitos) fora da Restauração. Acredito que sejam de outros locais”, disse. A especialista destacou que em 2015 houve nove mortes por complicações neurológicas ligadas a arboviroses no hospital, mas não se sabe ainda quantos morreram em outras cidades, seja da Região Metropolitana, seja do interior.

Foto: Reprodução

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