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terça-feira, 13 de dezembro de 2022

Inspirados em intercâmbio, alunos de Belo Jardim montam projeto de intervenção artística urbana que homenageia as reais origens do povo brasileiro

A Postagem vem da Assessoria -

Grupo de estudantes de escola pública convida a comunidade para revisitar a História do Brasil através de expressões artísticas como lambe-lambe e grafite espalhadas pela cidade

Estampar os muros de Belo Jardim com arte coletiva repleta de História do Brasil e evidenciar assim as suas reais origens históricas através da expressão artística urbana. É assim que 20 estudantes e um professor da rede municipal de ensino, todos participantes do “Era Uma Vez…Brasil”, encerraram a sexta edição do projeto na cidade. 

Inspirados por todas as vivências da iniciativa que participaram nos últimos seis meses e por um intercâmbio de 10 dias em Portugal, realizado em novembro, o grupo criou coletivamente um projeto de intervenção artística urbana que reconta a História do Brasil a partir de outro olhar, saindo da visão eurocentrada e elevando a percepção a uma ótica que dá vez e voz aos povos originários, quilombolas, e aos que aqui foram escravizados.

Em um convite aberto à toda a comunidade, o grupo realiza, no próximo dia 17 de dezembro, ações que irão permear a cidade de Belo Jardim e o distrito de Xucuru com intervenções de lambe-lambes e painel de grafite, projetos artísticos idealizados e desenvolvidos durante três oficinas que integram a etapa Comunidade, fase final do projeto Era Uma Vez…Brasil, desenvolvido há seis anos em Belo Jardim pela Origem Produções em parceria e com patrocínio do Instituto Conceição Moura. 

Ministrada pelas educadoras Graziella Queiroz e Karla Fagundes, as oficinas têm o objetivo de instigar a criticidade dos adolescentes pautada em lugares e grupos de memória e esquecimento atravessados pelo Brasil colonial, patriarcal e racista, aguçando a sua percepção para o desenvolvimento do projeto final. 

“Identificamos que, durante o intercâmbio, o elemento da arte, sobretudo a produção artística urbana e periférica nas comunidades de Lisboa, assim como a passagem pelas instituições e museus, somados às análises de como a narrativa histórica foi ensinada aqui, foram pontos de destaque. Então, a partir disso, foi decidido pelos participantes por realizarem intervenções urbanas artísticas em Belo Jardim, com lambes e grafite. Expressões que valorizam, por exemplo, a memória indígena, já que a cidade possui um distrito com nome da etnia Xukuru, povo que foi historicamente apagado dali”, destacam as educadoras Graziella Queiroz e Karla Fagundes.    

A etapa Comunidade representa um legado de real impacto social deixado pelo “Era Uma Vez…Brasil” para a cidade. Nela, cada adolescente participante se torna um multiplicador da mensagem e da missão do projeto, impactando seus municípios, bairros, escolas.

“O projeto nos leva por uma verdadeira imersão cultural em que aprendemos de forma coletiva e ativa, já que, muito diferente da escola tradicional, estamos lá vivendo e ouvindo relatos de pessoas, reaprendendo sobre a nossa História. Em Portugal, imersos dessa vez na terra do colonizador, a gente tem a oportunidade de não só entender a visão deles sobre nós, mas levar a nossa também. Fomos lá aprendizes e professores. Agora, nessa última etapa, trabalhamos em um novo projeto, para as nossas comunidades. Pegamos toda a bagagem de conhecimento dessas imersões culturais e trazemos isso pro ambiente em que vivemos, com linguagem acessível, democrática e de forma que envolva a nossa comunidade”, resume Ana Clara dos Santos Ramos Lopes, aluna da Escola Municipal Luiza Leopoldina Lopes, de Belo Jardim.

PROTAGONISMO DOS POVOS ORIGINÁRIOS - Nas ações pensadas pelo grupo de estudantes para o dia 17 de dezembro, que acontecem pela manhã e à tarde em Belo Jardim e no distrito de Xucuru, haverá o chamamento da comunidade para a colagem de lambe-lambes com mensagens alusivas à temática do projeto, com frases antirracistas, sobre a luta indígena, citações de pensadores negros e indígenas. Além disso, haverá a inauguração de um mural de grafite na entrada de Xucuru. Na arte, representações do povo xukuru, etnia indígena que dá nome ao distrito, além de elementos culturais importantes da identidade local: confecção de abanos e arupembas, mulheres rezadeiras, o uso de plantas em costumes locais e outras representações da cultura nordestina. 

HISTÓRIA NA PRÁTICA - O “Era Uma Vez… Brasil” é um programa de atividades educativas, artísticas e culturais , que exalta a diversidade, pluralidade e ancestralidade da formação identitária histórica e cultural do Brasil, valorizando a perspectiva dos povos indígenas e africanos e trabalhando conceitos fundamentais como antirracismo, afrocentricidade, indigenismo, ecossocialismo. Durante as suas quatro etapas, alunos e professores passam por vivências e atividades que destacam esses conceitos, visitando aldeias indígenas e comunidades quilombolas.

Nesta sexta edição, desde março, vem mobilizando simultaneamente alunos do oitavo e nono ano da rede pública de ensino de três estados e oito cidades brasileiras: Salvador, Mata de São João e Jacobina (BA), Belo Jardim (PE), Ribeirão Preto, Lençóis Paulista, Serrana e Macatuba (SP). O “Era Uma Vez… Brasil” conta com o apoio da Lei Federal de Incentivo à Cultura, pelo Ministério do Turismo, Governo Federal.

Fotografia: Assessoria

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