O Ministério Público de Pernambuco (MPPE) denunciou, nessa sexta-feira (12), o motorista que atropelou e matou um trabalhador em Boa Viagem, na Zona Sul do Recife, no final de novembro, por homicídio duplamente qualificado. O condutor, Gabriel Graciliano Guerra Barretto de Queiroz, de 19 anos, confessou que ingeriu bebida alcoólica. Ele está preso preventivamente no Centro de Observação e Triagem Everardo Luna (Cotel), em Abreu e Lima, no Grande Recife.
Segundo a perícia, o acusado conduzia o carro acima de 170 km/h em uma via bloqueada e sinalizada devido à montagem de uma feira. Imagens de uma câmera de segurança flagraram o momento em que o carro de Gabriel atinge a estrutura onde Alex Nunes Viana Bezerra, de 25 anos, trabalhava. Ele morreu no local.
Na denúncia, a promotoria solicita que Gabriel continue preso, seja submetido ao Tribunal do Júri, tenha sua carteira de motorista suspensa e seja inapto a voltar a dirigir. Além disso, requer R$ 1 milhão em danos morais para a mãe de Alex e que ela receba pensão até os 70 anos.
Para o promotor Bruno Miquelão Gottardi, que assina a denúncia, Gabriel “ingeriu, de forma livre e consciente, grande quantidade de álcool em curto período de tempo, o que aumentou drasticamente a previsibilidade do crime que seria praticado”.
De acordo com o MPPE, Gabriel possuía carteira provisória para dirigir e, também, mostrou “indiferença e desprezo pela vida alheia” após o crime. “A indiferença do denunciado após a causação do resultado apenas reforça o dolo eventual no presente caso, embora fosse despicienda, ante as demais circunstâncias configuradoras do dolo”, diz a denúncia.
Além da morte de Alex, Gabriel é acusado de ter ferido outras duas pessoas. Um outro trabalhador que não foi atingido por ter conseguido se esquivar do carro, e um mototaxista que “teve ferimentos no braço esquerdo e perna esquerda, bem como avarias na motocicleta”, segundo a promotoria. Por conta disso, Gabriel é denunciado por homicídio por três vezes, sendo um consumado e duas tentado.
A promotoria solicita, por fim, a permanência de Gabriel na prisão. De acordo com o MPPE, “a frieza e a ausência de remorso atestadas pelas testemunhas após o fato são elementos concretos que demonstram a periculosidade social do agente e a probabilidade de reiteração criminosa, justificando a prisão como forma de acautelar o meio social e evitar a banalização da vida”.
Com Imagem de: Reprodução/Instagram




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