Com informações do Blog da FOLHA PE -
A primeira reunião entre o governador eleito Paulo Câmara (PSB) e o secretariado, realizada na manhã deste sábado (20), serviu para delimitar a forma como os trabalhos irão ser conduzidos na nova gestão. Diante de previsões que apontam redução de receitas para o próximo ano, o grupo se debruçou em traçar metas econômicas que possam reduzir os gastos públicos.
Em conversa com os jornalistas após o encontro, realizado no escritório de transição, no bairro da Ilha do Leite, Paulo Câmara comentou os desafios que a sua equipe terá que enfrentar. “O Governo Federal vai fazer ajustes. E já mostrou isso, principalmente na política fiscal. E isso inclui gastar menos. Quando se gasta menos, dependendo do tipo de gasto, pode ou não afetar parcerias que estão ocorrendo com estados e municípios”, explicou.
Com o intuito de se preparar para este cenário, os secretários debateram com a economista Tânia Bacelar as projeções. Ela apresentou pesquisas e dados científicos sobre a economia mundial, com ênfase nas oportunidades que Pernambuco pode oferecer para conseguir superar esta fase. O futuro secretário de Educação, Fred Amâncio, também tratou das metas econômicas de Pernambuco, a partir da explanação sobre o projeto Pernambuco 2035, que delimita os investimentos e prioridades a serem adotadas à longo prazo.
Para minimizar as projeções negativas, Paulo Câmara garantiu que o Estado pode manter um ritmo de crescimento maior do que o próprio governo federal. “Temos muitos projetos em andamento. Se continuarmos esse ritmo de crescimento que nós estamos tendo nesses últimos anos, Pernambuco esse ano vai crescer mais de 2% do PIB. O Brasil não vai crescer. Se mantivermos esse ritmo de crescer mais de dois pontos do que o Brasil a gente tem tudo para superar bem todo tipo de dificuldade que haja em 2015″, afirmou.
Questionado sobre o corte de 20% dos gastos com cargos comissionados anunciado, Câmara afirmou que ainda vai estudar como a reforma política se dará e não deu mais detalhes sobre o assunto.
Aproximação com Dilma
Paulo fez questão de comentar o encontro que teve com a presidente Dilma Rousseff (PT), no ato de diplomação em Brasília, realizado nesta quinta-feira (18), para transparecer que não há dificuldades de aproximação entre os dois. Na ocasião, a petista teria se colocado à disposição para continuar com os investimentos em Pernambuco. Neste sentido, o socialista frisou que está na hora de desmontar os palanques, para trabalhar os projetos e parcerias com o governo federal. A estratégia é não prejudicar a destinação de recursos para o Estado, que passará por contenção de gastos em 2015.
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