O Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé) publicou nesta segunda-feira (9/12) o relatório estatístico mensal em que informa que o Brasil alcançou um marco histórico de exportação de café: foram 46,4 milhões de sacas de 60kg vendidos no exterior. O feito foi alcançado ainda em novembro, uma vez que o fechamento do balanço de dezembro só é divulgado em janeiro próximo.
O recorde supera em 3,78% a última marca registrada até então, em 2020, quando o volume de exportações foi de 44,70 milhões de sacas nos 12 meses do ano. O crescimento frente ao período de janeiro a novembro de 2023 foi superior a 30%.
Em novembro, foram exportadas 4,66 milhões de sacas de café de 60kg. Segundo os dados divulgados, o crescimento foi de 5,4% se comparado com novembro de 2023, o crescimento foi de 5,4%. Com relação à lucratividade, o aumento foi ainda mais proeminente. Por conta do aumento do dólar, a receita cambial chegou a US$ 1,34 bilhão (R$ 8,15 bilhões), 62,7% maior do que os US$ 825,7 milhões registrados neste mesmo período do ano passado.
O presidente do Cecafe, Márcio Ferreira, reconhece o feito, mas destaca que o resultado não é tão positivo quanto parece devido ao cenário atual, que enfrenta problemas de logística portuária. Segundo ele, os entraves logísticos nos portos brasileiros demandaram gastos extras para armazenamentos, detentions, pré-stacking e antecipação de gates, o que gerou um "prejuízo portuário" acumulado de R$ 7 milhões em outubro.
"Ao analisarmos a performance das exportações brasileiras de café, na teoria, teríamos motivos somente para comemorar, mas a realidade é um pouco mais cruel. Esse desempenho recorde ocorre devido ao profissionalismo e à criatividade dos exportadores associados ao Cecafé, que buscaram alternativas, como o embarque via break bulk, e vêm arcando com milionários gastos adicionais em seus processos de exportação devido à falta de infraestrutura, especialmente nos portos brasileiros, para honrarem os compromissos com os clientes internacionais dos cafés do Brasil", afirmou.
O maior importador de café brasileiro são os Estados Unidos, com 7,41 milhões de sacas importadas até novembro deste ano. Em segundo lugar, vem a Alemanha, que apresentou um crescimento expressivo no consumo do café, aumentando a importação em 63,4%, com 7,22 milhões de sacas compradas. A Bélgica ocupa o terceiro lugar, com 4,07 milhões de sacas importadas, seguida da Itália, com 3,70 milhões, e o Japão, com 2,05 milhões.
A Foto é de: Marcelo Camargo/Agência Brasil
0 comentários:
Postar um comentário