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sexta-feira, 17 de janeiro de 2025

Pernambuco identifica primeiros casos do ano de metapneumovírus, responsável por surto na China


Pernambuco identificou os primeiros casos de 2025 de metapneumovírus humano (HMPV) no Estado, na quarta-feira (15). O vírus respiratório, circulante em vários países, causou surto na China nas últimas semanas.

De acordo com a Secretaria Estadual de Saúde (SES-PE), as infectadas foram duas crianças do sexo feminino, sendo uma de 1 ano e 7 meses e a outra de 3 anos e 11 meses, moradoras do Recife e em Jaboatão dos Guararapes, respectivamente.  As duas já tiveram alta hospitalar. 

Febre, tosse, desconforto respiratório e diarreia estavam entre os sintomas apresentados pelas pacientes. As amostras foram analisadas pelo Laboratório Central de Saúde Pública de Pernambuco (Lacen-PE). 
 
Ocorrência do metapneumovírus não é incomum 
 
A SES-PE destacou que a ocorrência do metapneumovírus no Estado não é incomum, havendo registros de casos positivos, em maior ou menor magnitude em anos anteriores, sendo mais intensos em 2016 (15 casos) e em 2022 (27 casos). 
 
O HMPV pertence à mesma família do Vírus Sincicial Respiratório (VSR) e na maioria dos casos apresenta sintomas leves (tosse, febre e congestão nasal), podendo eventualmente evoluir para casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (Srag), principalmente em grupos mais vulneráveis como crianças, idosos e pessoas imunocomprometidas. 

Não há vacinas voltadas para prevenção do HMPV, mas a atualização da carteira vacinal para os que têm indicação (vacinas contra Gripe e Covid-19) evita quadros de cocirculação.

“No Brasil, o vírus circula há mais de 20 anos, sendo registrado pela primeira vez em 2004. Em 2001, ele já havia sido identificado na Holanda. A Secretaria Estadual de Saúde (SES-PE), por meio da Secretaria Executiva de Vigilância em Saúde, reforça que apesar do aumento do número de casos identificados em países do Hemisfério Norte, o HMPV não é considerado um vírus de grande preocupação na comunidade científica. Por enquanto, não há aumento de casos que caracterize uma epidemia ou uma pandemia provocada por este vírus”, explicou o secretário executivo de Vigilância em Saúde e Atenção Primária, Renan Freitas.

Nesse sentido, a Organização Mundial de Saúde (OMS) recomenda manter e fortalecer as medidas não farmacológicas já conhecidas pela população e que ajudam a controlar a transmissão do metapneumovírus: 

Usar máscara de proteção facial; 
Manter os ambientes bem ventilados; 
Cobrir a boca e nariz ao tossir ou espirrar; 
Higienizar as mãos e evitar tocar na área dos olhos, nariz ou boca. 
Pessoas mais vulneráveis às doenças respiratórias (crianças pequenas, idosos, comorbidades e imunossuprimidos) recomenda-se evitar aglomerações, principalmente em lugares fechados e/ou mal-ventilados.

Aumento de casos na China

A China tem registrado um aumento de casos de HMPV desde o início de 2025. No entanto, a Organização Mundial da Saúde (OMS) afirma que  não há sinais de surtos incomuns e que o sistema de saúde chinês não está sobrecarregado.
 
Qualquer pessoa pode contrair o HMPV, mas bebês e crianças menores de 5 anos são mais propensas a desenvolverem sintomas mais graves, como imunossupressão, doença pulmonar obstrutiva crónica (DPOC) e asma.

Ainda nesta semana, o Ministério da Saúde destacou que está acompanhando  “atentamente” o surto de metapneumovírus humano na China.

“As vacinas contra covid-19 e influenza continuam sendo eficazes contra formas graves, reduzindo o número de hospitalizações e óbitos pelas variantes em circulação. Além disso, o uso de máscaras por pessoas com sintomas gripais e resfriados ajuda a diminuir a transmissão de todos os vírus respiratórios, inclusive o metapneumovírus”, afirmou Marcelo Gomes, coordenador-geral de Vigilância da Covid-19, Influenza e outros Vírus Respiratórios do Ministério da Saúde.


A Foto é de: Ilustração de partículas do HMPV/Fiocruz

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