Com informações do DIÁRIO DE PE -
A Associação de Defesa do Meio Ambiente de Pernambuco (ADEMAPE) alerta para o risco de surto da doença MORMO nos municípios de Recife e Jaboatão dos Guararapes, na Região Metropolitana do Recife (RMR). Altamente contagiosa e sem cura, ela pode ser transmitida por equinos para seres humanos.
O CVA do Recife foi acionado para resgatar um cavalo alojado em um terreno particular depois de ser tirado ruas, mas não estaria recebendo animais. Para o CVA de Jaboatão, foram recolhidos mais de 30 animais entre cavalos e jumentos, dois foram sacrificados por estarem com Anemia Infecciosa Equina e outros 14 teriam morrido, estando 16 em observação.
Os animais mortos estão sendo incinerados com queima de pneus no pátio do departamento, colocando em risco a saúde dos servidores. Além do crime ambiental, os animais depois de incinerados são levados para o aterro sanitário de forma irregular. Na manhã da próxima quinta-feira, a associação fará uma visita ao CVA de Jaboatão e à tarde, ao CVA do Recife para apurar as denúncias.
MORMO
O Mormo ou lamparão, é uma doença infecto-contagiosa dos equídeos, causada pelo Burkholderia mallei, que pode ser transmitida ao homem e também a outros animais. Manifesta-se por um corrimento viscoso nas narinas e a presença de nódulos subcutâneos, nas mucosas nasais, nos pulmões, gânglios linfáticos, pneumonia, etc. Os animais contraem o mormo pelo contato com material infectante do doente: pús; secreção nasal; urina ou fezes.
SINTOMAS: Os sintomas mais comuns são a presença de nódulos nas mucosas nasais, nos pulmões, gânglios linfáticos, catarro e pneumonia. A forma aguda é caracterizada por febre de 42ºC, fraqueza e prostração; pústulas na mucosa nasal que se transformam em úlceras profundas com uma secreção, inicialmente amarelada e depois sanguinolenta; intumescimento ganglionar e dispnéia.
CONTAMINAÇÃO: Acontece pelo contato com material infectante (pus, secreção nasal, urina ou fezes). O agente penetra por via digestiva, respiratória, genital ou cutânea (por lesão). O germe cai na circulação sanguínea e depois alcança os órgãos, principalmente pulmões e fígado.
TRATAMENTO: O mormo apresenta forma crônica ou aguda, esta mais freqüente nos asininos. Os animais suspeitos devem ser isolados e submetidos à prova complementar de maleina, sendo realizada e interpretada por um veterinário do serviço oficial. A mortalidade dessa doença é muito alta.
O que fazer:
- Notificação imediata à Defesa Sanitária
- Isolamento da área da infecção e isolamento dos animais suspeitos
- Sacrifício dos que reagiram positivamente à mesma prova de maleína
- Cremação dos cadáveres no próprio local e desinfecção de todo o material que esteve em contato com eles
- Desinfecção rigorosa dos alojamentos
- Suspensão das medidas profiláticas somente 120 dias após o último caso constatado.
- Bloqueio e suspensão do trânsito animal
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