Com informações do Blog de Inaldo Sampaio -
Apesar de “blindado” pelas oposições, que dependem dos seus préstimos para que o pedido de impeachment de Dilma Rousseff comece a tramitar na Câmara Federal, o presidente Eduardo Cunha deverá ser mesmo cassado por quebra do decoro parlamentar. Por controlar todos os cargos estratégicos da Casa, ele não cairá com a mesma rapidez com que caiu o pernambucano Severino Cavalcanti em 2005, mas cairá.
Os líderes que o “blindaram” até agora como Mendonça Filho (DEM) e Bruno Araújo (PSDB), por exemplo, devem ter chegado à conclusão de que estavam perdendo votos e o respeito da opinião pública pela incoerência dos seus atos: a favor do impeachment de Dilma por suposto crime de responsabilidade, mas não da cassação de Cunha por conduta incompatível com a moralidade. Como diz FHC, Dilma só cairá se o povo for às ruas, mas a queda de Cunha independerá deste componente. Em 2016 ele irá para casa.
Óbvio ululante
Terça passada, durante encontro em Brasília com o ministro Gilberto Occhi (Integração), o presidente Roberto Tavares (Compesa) alertou que se a União continuar liberando 5 milhões por mês para a Adutora do Agreste, que ainda precisa de 800 milhões para ser concluída, essa obra não ficará pronta antes de 2030. Pelo princípio do “óbvio ululante”, é mais barato liberar os 800 milhões de uma única vez do que ficar gastando altas somas todos os anos com carros pipa.
Contra – Do vereador e ex-prefeito de Goiana, Beto Gadelha (PSL), ao explicar ontem no Recife por que rompeu com o atual prefeito (e seu primo distante) Fred Gadelha (PTB): “Na eleição de 2012, trabalhei feito um burro de carga para eleger Fred e na de 2016 vou trabalhar do mesmo jeito, mas para derrotá-lo. É o pior prefeito da história de Goiana em 50 anos”.
Título – Esclarece Marcelo Santa Cruz (PT) que deu o único voto contrário na Câmara de Olinda à aprovação do projeto que concedeu o título de cidadão ao senador Aécio Neves.
Salário – Apesar da crise, a Câmara Municipal de Itapissuma, presidida pelo vereador Zé de Irmã Teca (PMN), pagou ontem a 2ª parcela do 13º dos servidores. Ele é candidato a prefeito.
Filho – Pedro Serafim, ex-prefeito de Ipojuca, está desmotivado para disputar novamente a prefeitura em 2016. Sua inclinação é apoiar o deputado estadual Pedro Serafim Filho (PDT).
Cargo – O PT aceitou sem choro a recondução do administrador de empresas Marcos Arraes para a diretoria administrativa e financeira da Hemobrás. O cargo havia sido prometido ao ex-prefeito do Recife, João da Costa. O diretor reconduzido é filho do ex-governador Miguel Arraes, tio de Eduardo Campos e pai da vereadora Marília Arraes (PSB).
Volta – Médico que trabalha há 10 anos em Igarassu contou ontem na Assembleia Legislativa que considera “difícil” o ex-prefeito Yves Ribeiro (PSB) não retornar à prefeitura em 2016. Yves já passou pela prefeitura de lá, de Itapissuma e de Paulista. Mas retornou o domicílio para Igarassu para tentar impedir a reeleição do prefeito Mário Ricardo (PTB).
Retidão – Se já pressentia que o prefeito José Queiroz (PDT) o quer, de fato, como candidato à sua sucessão, o vice de Caruaru, Jorge Gomes (PSB), ampliou sua taxa de certeza ao tomar conhecimento dos elogios que ele lhe fez ontem numa emissora de rádio da cidade: “Correto, leal e participativo”. No entanto, Queiroz só tratará de eleição no próximo ano quando pretende “construir” uma candidatura junto com o governador Paulo Câmara.
Fogo – O ex-deputado Pedro Corrêa acabou se livrando de um “abacaxi” no processo a que responde por envolvimento na Lava Jato. O advogado que o defendia, Michel Saliba, teve o sigilo bancário, fiscal e telefônico quebrado ontem com autorização do STF. Saliba era contra a delação premiada e resolveu abandonar a causa quando o ex-deputado se dispôs a contar ao Ministério Público como teria sido montada a roubalheira na Petrobras.
Foto: Divulgação
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