Nesta quinta-feira (18), a Organização Mundial de Saúde (OMS) manifestou "enorme preocupação" com a crescente disseminação da estirpe H5N1 da gripe aviária para novas espécies, incluindo humanos. "Isto continua a ser uma enorme preocupação", afirmou Jeremy Farrar, cientista-chefe da agência de saúde da ONU.
Entre o início de 2023 e o dia 1 de abril de 2024, a OMS indicou ter registrado um total de 889 casos humanos de gripe aviária em 23 países, incluindo 463 mortes, o que representa uma taxa de letalidade de 52%. Mas, até agora ainda têm sido raros os casos de transmissão para humanos.
“Além da vigilância dos humanos infetados por animais, inclusive vacas devido a um recente caso no Texas, nos Estados Unidos, é mais importante perceber quantas infecções humanas ocorrem sem se saber, porque é através destas que ocorrerá a adaptação do vírus. É trágico dizer, mas se eu for infetado com o H5N1 e morrer, acabou a cadeia de transmissão do vírus. Se eu andar entre as pessoas e o transmitir a alguém darei início ao ciclo", diz Farrar.
Para o cientista da agência de saúde das Nações Unidas, os sistemas de vigilância e detecção de infecções nunca são demais, no entanto ressaltou que o caso norte-americano ocorreu no país mais rico do mundo, onde se realizam sistematicamente estudos serológicos para ver se ocorrem transmissões junto dos criadores de vacas.
Também no Camboja, uma criança de nove anos com a estirpe H5N1 morreu de gripe aviária em fevereiro, apos em 2023 terem sido registradas três mortes no país. Já no caso norte-americano, o único sintoma do doente foram os olhos avermelhados, como acontece numa conjuntivite, relataram as autoridades sanitárias locais, acentuando que foi um caso isolado e tratado com um medicamento antiviral para a gripe.
Crédito da Imagem: Arquivo/Agência Brasil
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