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quarta-feira, 21 de janeiro de 2015

PE É UM DOS ESTADOS COM MAIOR INCIDÊNCIA DE HANSENÍASE

Com informações do LeiaJá -

Pernambuco é um dos estados com maior incidência de hanseníase. A informação foi divulgada pelo Ministério da Saúde nesta quarta-feira (21), Dia Mundial de Luta contra a Hanseníase. Pará, Maranhão, Tocantins e Mato Grosso também estão no topo da lista de estado com maior proporção de casos em relação à população.

Atualmente, são 1,42 casos por 10 mil habitantes, uma queda de 68% em dez anos.  Em 2003, eram 4,52 casos por 10 mil habitantes. Dados preliminares de 2014 apontam 24.612 novos casos, o que significa uma taxa de detecção geral de 12,14 por 100 mil habitantes. Na população menor de 15 anos, o número é bem menor: 1.793 casos. Já o número de pacientes em tratamento foi de 31.568, o que significa uma prevalência de 1,56 casos por 10 mil habitantes. As áreas de maior risco de adoecimento estão concentradas em Mato Grosso, Pará, Maranhão, Rondônia, Tocantins e Goiás.

Já em 2013, o Brasil registrou 31.044 casos novos da doença com incidência de 15,44/100 mil habitantes na população em geral. Já em 2003 foram notificados 51.900 novos casos, com incidência de 29,37/100 mil habitantes, uma redução de 40,1%. Em menores de 15 anos, o coeficiente foi de 5,03/100 mil habitantes, redução percentual acumulada de 37% na comparação com o período de 2003 (7,98/100 mil habitantes) a 2013.

Campanha

O Ministério da Saúde aproveitou o Dia Mundial de Luta contra a Hanseníase para lançar uma campanha publicitária para conscientização da população sobre a doença. Com o mote, “Hanseníase: quanto antes você descobrir, mais cedo vai se curar”, a ação tem como foco o diagnóstico precoce da doença e a divulgação do tratamento que é ofertado de graça no Sistema Único de Saúde (SUS).

A campanha será direcionada aos municípios de maior prevalência da hanseníase localizados, principalmente, nas Regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste. A comunicação com a população e os profissionais de saúde será feita por meio da TV, distribuição de cartazes, folhetos e mídias na internet, principalmente nas redes sociais. A partir do mês de agosto, a campanha chega às rádios de todo o país.

Para o ministro da Saúde, Arthur Chioro, o diagnóstico precoce feito em crianças e adolescentes é fundamental para a quebra da cadeia de transmissão da doença. “As ações que o SUS têm desenvolvido vêm mudando o perfil da hanseníase no nosso país. O aumento no número de casos registrados, na verdade, significa que estamos sendo mais eficazes em fazer o diagnóstico e também no encaminhamento do paciente para tratamento e investigação de possíveis casos no ambiente familiar, o que é fundamental para interromper a transmissão”, explico.

Tratamento

A hanseníase é uma doença crônica, infectocontagiosa, cujo principal agente etiológico é o Mycobacterium leaprae. A doença é transmitida de uma pessoa doente que não esteja em tratamento para uma pessoa saudável suscetível. A hanseníase tem cura, mas pode causar incapacidades físicas se o diagnóstico for tardio ou o tratamento não for realizado adequadamente, pelo período preconizado, já que atinge pele e nervos.

O Ministério da Saúde recomenda que as pessoas procurem o serviço de saúde ao aparecimento de manchas, de qualquer cor, em qualquer parte do corpo, principalmente se essa mancha apresentar diminuição de sensibilidade ao calor e ao toque. Após iniciado o tratamento a pessoa para de transmitir a doença quase que imediatamente.

Além do diagnóstico, o SUS oferece tratamento para hanseníase, disponível em todas as unidades públicas de saúde. A poliquimioterapia (PQT), uma associação de medicamentos que evita a resistência do bacilo, deve ser administrada por seis meses ou um ano a depender do caso. Os pacientes deverão ser submetidos, além do exame dermatológico, a uma avaliação neurológica simplificada e sempre receber alta por cura. Em 2014, 84% das pessoas que faziam tratamento para hanseníase se curaram.

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