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sexta-feira, 5 de janeiro de 2024

Estudo mostra que hidroxicloroquina na pandemia pode ter causado quase 17 mil mortes


Um estudo de pesquisadores das universidades de Lyon, na França, e de Quebec, no Canadá, estimam que cerca de 16.990 pessoas na França, Bélgica, Itália, Espanha, Turquia e Estados Unidos podem ter morrido em resultado do uso da hidroxicloroquina durante a primeira onda da pandemia de Covid-19. 

O estudo teve como objetivo estimar o número de mortes relacionadas com este tratamento em todo o mundo e demonstrou um aumento de 11% na taxa de mortalidade. As equipes de investigação analisaram dados de hospitalização por Covid em cada um dos seis países, exposição à hidroxicloroquina e aumento do risco relativo de morte ligado ao medicamento. “O que devemos ter em mente é que esta é uma estimativa aproximada, no sentido de que diz respeito apenas a alguns países em um curto período, e que o número total de mortes é provavelmente muito maior", declarou Jean-Christophe Lega, professor de terapêutica no sistema hospitalar de Lyon.

As equipes estimam que o número de mortes possa ser muito superior, já que o estudo apenas abordou a realidade de seis países, e de março a julho de 2020, quando a hidroxicloroquina foi prescrita de forma muito mais abrangente.
 
O medicamento anti-malária foi prescrito a pacientes hospitalizados com Covid-19 durante a primeira onda da pandemia. “Apesar da ausência de provas documentando seus benefícios clínicos", dizem os investigadores no artigo publicado na edição da revista científica Biomedicine & Pharmacotherapy.

Sem provas documentadas dos seus benefícios clínicos, o fármaco foi defendido por alguns dirigentes políticos, como os presidentes brasileiro, Jair Bolsonaro, e o norte-americano, Donald Trump, como benéfico no enfrentamento da pandemia. 

Os 11% de aumento da mortalidade foram assinalados também na revista Nature em 2021, que associou esse aumento à prescrição da hidroxicloroquina contra a Covid-19. Em causa estão potenciais efeitos adversos como distúrbios do ritmo cardíaco e mesmo o próprio uso deste fármaco que levou assim a descartar outros tratamentos eficazes.

A Food and Drug Administration, autoridade para o medicamento nos Estados Unidos, emitiu em março de 2020 uma autorização para o uso daquela molécula na luta contra a Covid, no entanto revogaria essa autorização apenas três meses depois, em junho.

Crédito da Imagem: Narinder Nanu/AFP

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