Os detentos do sistema prisional de Pernambuco terão fardamentos pela primeira vez. As peças são confeccionadas pelos próprios presos nas unidades prisionais. A ação faz parte do programa estadual Juntos pela Segurança, que consiste em criar unidades fabris que absorvam a mão de obra prisional e, consequentemente, contribuam para a redução da criminalidade no Estado.
A Secretaria de Administração Penitenciária e Ressocialização (SEAP) é a pasta responsável por implementar a iniciativa. Os primeiros detentos a receber o fardamento são os do Presídio Policial Penal Leonardo Lago (PLL), no Complexo do Curado, com previsão de funcionamento para o final de outubro de 2024.
Ao todo, 1.500 peças de bermudas e camisas estão sendo confeccionadas por 24 PPLs do Presídio de Santa Cruz do Capibaribe (PSCC) e da Colônia Penal Feminina de Buíque (CPFB), ambos no Agreste pernambucano. Todos os detentos têm direito à remição de pena de um dia a menos a cada três trabalhados e a 75% do salário mínimo, 25% corresponde ao pecúlio.
O secretário de Administração Penitenciária e Ressocialização, Paulo Paes, visitou presídios que são referências na instalação de fábricas em diversas modalidades de trabalho.
“Conhecemos as melhores experiências em trabalho prisional do país e estamos dando início a mudanças significativas nessa área em nosso Estado. Vamos aumentar o número de empresas dentro das unidades prisionais, aumentar o número de detentos trabalhando e levar a todo o Estado o impacto positivo dessas fábricas e dessa mão de obra extremamente qualificada”, antecipou Paes.
De acordo com a gestão estadual, há uma licitação para comprar tecidos para produção dos fardamentos e a estimativa é fabricar 280 mil peças por ano ano para os 25 estabelecimentos penais.
Além de Santa Cruz e de Buíque, a SEAP abrirá uma fábrica no ramo de malharia na Penitenciária Juiz Plácido de Souza (PJPS), em Caruaru, no Agreste, cuja obra e instalação de equipamentos estão em andamento. Até junho de 2025, todas as PPLs dos regimes fechado e semiaberto estarão uniformizados.
Até o final da gestão estadual, a previsão é criar 15 novas unidades fabris, sendo seis de grande porte e nove de pequeno porte. Entre os ramos estão malharia e artefatos de concreto. Atualmente, existem 12 unidades fabris no estado e 3.800 detentos trabalhando em todo o sistema.
A Foto é de: Divulgação
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