Em comemoração ao Dia Mundial de Doação de Leite Humano, nesta sexta-feira (19/5), o Ministério da Saúde lança a campanha nacional “Um pequeno gesto pode alimentar um grande sonho”. O objetivo é intensificar o aumento de mães doadoras para abastecer os estoques dos bancos de leite humano em todo Brasil, já que esses costumam sofrer uma queda durante as férias escolares.
Em pronunciamento nesta quinta-feira (18), a Ministra da Saúde, Nísia Trindade, frisou a importância do gesto de doação e afirmou que o Brasil, por meio da Fiocruz, lidera a rede global de bancos de leite humano, que mantém uma parceria com a pasta.
“A doação de leite materno reduz a mortalidade infantil e é vital para os bebês prematuros e de baixo peso internados em UTIs. Por isso, o Ministério da Saúde lança a campanha nacional de doação de leite humano. Essa é uma campanha de toda a sociedade e estamos mobilizando a população, os gestores, os profissionais da saúde e as mulheres que amamentam sobre a importância de doar.”
Aleitamento materno
O Brasil tem a maior e mais complexa rede de bancos de leite humano do mundo. Entre janeiro e dezembro de 2022, foram coletados 234 mil litros de leite humano e distribuídos 170 mil litros. Um total de 22 mil bebês foram beneficiados no período.
Segundo os dados do Ministério da Saúde, também no ano passado, houve um aumento de 0,3% no volume de leite humano coletado no Brasil em relação a 2021. Em relação a 2020 o aumento foi de 3,5%.
Para a coordenadora de Atenção à Saúde da Criança e do Adolescente do Ministério da Saúde, Sônia Venâncio, a campanha é fundamental. "Dentro do escopo dessas ações de promoção e proteção e apoio ao aleitamento materno, nós temos a rede de bancos de leite humano. É um motivo de muito orgulho promover essa campanha para que a gente possa mobilizar mais doadoras, para que a gente consiga alcançar a suficiência dos bancos de leite, para que a gente possa atender nossa população de crianças internadas nas unidades de terapia intensiva. A campanha é fundamental.”
O coordenador da rede global do Banco de Leite Materno, João Aprígio, destacou a importância do aleitamento materno. “Essa rede começa em 1998, e a gente fala muito de doação de leite humano, ela é absolutamente necessária. Mas não vai existir doação de leite humano se não tiver aleitamento materno. Se o banco de leite não for casa de apoio à amamentação, nada acontece. Feliz o país que entende que aleitamento materno e saúde infantil não é custo, é investimento”, afirmou Aprígio.
Fotografia: Anaray
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