Pernambuco confirmou, nesta sexta-feira (3), mais cem mortes pela Covid-19 e, com isso, o estado chegou a 5.068 óbitos pela doença. Também foram registrados 1.243 novos casos de pacientes com o coronavírus, totalizando 62.362 confirmações desde o começo da pandemia, em março.
O estado ultrapassou a marca de 4 mil mortes pela doença no dia 17 de junho. Pernambuco superou os 3 mil óbitos no dia 3 de junho. A marca de 2 mil mortes foi atingida no dia 22 de maio. As mil mortes foram ultrapassadas no dia 10 de maio.
A mortes confirmadas pela Secretaria Estadual de Saúde (SES) no boletim desta sexta-feira (3) foram registradas desde o dia 4 de maio. A maior parte, que são 67 óbitos, ocorreu até o dia 29 de junho. As outras 33 foram de pacientes que faleceram nos últimos três dias.
Dos 1.243 novos casos do boletim divulgado pela SES, 1.114 são casos leves, ou seja, pacientes que não precisaram ser internados e que estavam na fase final da doença ou já curados. Outros 129 foram contabilizados como Síndrome Respiratória Aguda Grave (Srag).
Ao todo, Pernambuco dos 62.362 casos já confirmados, 19.908 são pacientes considerados graves e 42.454, leves.
Preocupação
De acordo com Jones Albuquerque, epidemiologista de dados da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), a escalada da quantidade de óbitos é preocupante no estado.
"No dia 17 de junho detectamos 4.009 óbitos, o que continua sugerindo que estamos dobrando a quantidade de óbitos a cada 30 dias, mais ou menos. O que é mais agravante é que hoje, 3 de julho, bateremos os cinco mil óbitos no estado, o que nos deixa apreensivos e nos sugere que a curva não está estabilizando", afirmou.
De acordo com o governo de Pernambuco, a retomada das atividades econômicas e flexibilizações de determinados setores só são liberados nas regiões em que os indicadores apontam queda consistente de contágios. Onde os causos aumentam, como em Bezerros e Caruaru, cidades do Agreste, o lockdown (quarentena rígida) é decretado (veja vídeo acima).
"A epidemia nos impõe esse quadro difícil. Nós lamentamos cada uma das 5.068 vidas perdidas aqui em nosso estado. O quadro poderia ser muito pior se não tivéssemos a adesão da população às medidas de isolamento que foram colocadas pelo governo e se não tivéssemos feito um grande esforço sanitário, logístico e de mobilização de recursos humanos para ampliar fortemente a nossa atenção em terapia intensiva. Esse esforço fez salvar quase 10 mil vidas de pacientes que desenvolveram a forma grave da doença", disse o secretário estadual de Saúde, André Longo.
Fotografia: Reproduzida
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