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quinta-feira, 6 de agosto de 2020

Pesquisadores da Fiocruz encontram semelhanças entre material genético do coronavírus que circula na Europa e em PE


Pesquisadores da Fiocruz Pernambuco realizaram o sequenciamento genético de 39 genomas do novo coronavírus que circulam no estado. O trabalho, divulgado nesta quinta-feira (6), apontou que ao menos duas linhagens do Sars-Cov-2 detectadas em municípios pernambucanos são semelhantes a outras que circulam na Europa.

De acordo com o pesquisador Gabriel Wallau, a descoberta ratifica o que foi divulgado em 12 de março, com a confirmação dos primeiros casos de Covid-19 em Pernambuco. Na época, a Secretaria Estadual de Saúde informou que os dois pacientes haviam feito uma viagem com passagem pelo continente europeu. “Tem duas linhagens bem claras corroborando essa entrada”, disse.

Segundo a Fiocruz Pernambuco, o sequenciamento dos genomas pode ajudar a entender os padrões de espalhamento do vírus no estado, além de colaborar no desenvolvimento de vacinas e na busca de medicamentos eficazes para tratar a Covid-19.

O trabalho, feito em parceria com pesquisadores da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e do Laboratório Central de Saúde Pública de Pernambuco (Lacen-PE), consistiu na identificação do código genético de amostras do vírus coletadas em pacientes nas cidades do Recife, de Olinda, Paulista, Jaboatão dos Guararapes, São Lourenço da Mata, Camaragibe, Ipojuca e Aliança. O material foi comparado com outros 5 mil genomas do novo coronavírus em todo o mundo.

"É como se o código genético fosse um código de barras do vírus. Dizemos que são linhagens diferentes porque esse código é um pouquinho diferente. O fato de haver diferentes códigos não quer dizer que um tipo de vírus seja mais letal do que o outro”, afirmou o pesquisador.

Ainda de acordo com Wallau, o trabalho possibilita a criação de algumas hipóteses, mas ainda é cedo para conseguir respostas. “As sequências que temos são parecidas com sequências europeias, mas não tem evidências que expliquem uma maior taxa de mortalidade ou outra coisa do tipo”, explicou.

Outra constatação feita pelo estudo é de que a taxa de mutação das amostras do novo coronavírus que circulam em Pernambuco é a mais baixa do que de vírus do tipo Influenza.

“Uma vez que a gente tem essa informação, a gente pode criar uma hipótese e sugerir que uma vacina será suficiente para ter uma resposta imunológica duradoura, mas é muito cedo para a gente fazer esse tipo de inferência. Como é um vírus novo, muita coisa pode acontecer”, disse.

Reprodução de  Imagem:  Bruno Leite/Fiocruz-PE/Divulgação

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