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quarta-feira, 22 de maio de 2024

Associação da PM--PE diz temer que insatisfação da categoria com Raquel Lyra resulte em nova greve


A insatisfação da Polícia Militar de Pernambuco (PM) com o governo Raquel Lyra (PSDB) está cada vez maior, é o que declara o presidente da Associação Pernambucana dos Cabos e Soldados (ACS-PE), Luiz Torres, em entrevista ao LeiaJá. Ele reclamou que a atual gestão se fechou para o diálogo e se mostrou preocupado com a possibilidade de uma greve aos moldes da que ocorreu em 2014.

Há dez anos, a Polícia Militar entrava em greve para cobrar reajustes e melhores condições de trabalho. Mesmo sem mobilização da ACS-PE, o clima de insatisfação da tropa gerou um ambiente propício para o movimento paredista autônomo, que tinha o então soldado Joel da Harpa – atualmente deputado estadual – como líder. Na época, os policiais cruzaram os braços por dois dias e o estado virou palco de saques em diversas cidades.

Luiz Torres entende que o clima que estourou a greve de 2014 voltou a se instalar nos bastidores da corporação. Apesar de a ACS-PE afastar o anúncio de uma nova paralisação pela entidade, o presidente lembra que a última se deu de forma independente.

“A insatisfação ficou grande dentro da tropa e isso a gente percebe claramente conversando com os policiais. O que se vê muito é que [o aumento de] 3% a tropa não aceita”, afirmou o representante da categoria. “Pode aparecer alguém fazendo esse movimento, trazendo a tropa. Nós não podemos dizer que [a greve] não vai acontecer nunca mais”, continuou.

O que antecede a deflagração de uma greve são os prejuízos na assistência do segurança pública. Mesmo antes da deflagração da greve, os efeitos do descontentamento já podem ser sentidos, segundo Torres. Os policiais podem começar a evitar o confronto e se resguardar em ocorrências de maior risco como um sinal da insatisfação.

“Se eu não sou valorizado, eu não trabalho. Eu vou cruzar meus braços de forma que a sociedade sinta que não estamos sendo valorizado como devemos”, resumiu Torres.

A principal cobrança é pela reestruturação da mesa permanente de negociações. Os encontros entre líderes da categoria e representantes do governo do estado ocorria a cada três meses. A comissão durou de 2014 a 2017, mas deixou de ocorrer durante o governado Paulo Câmara (PSB).

O distanciamento com o governo ficou claro na aprovação do Projeto de Lei pelo fim das faixas salariais. A proposta gerou uma grande expectativa entre os policiais, mas eles acabaram frustrados com a definição, que jogou a extinção das categorias para 2026.

“As faixas salariais vêm maltratando muito o policial e o bombeiro militar. Como pode um policial no mesmo posto ganhando desigual fazendo a mesma função? A gente não entendeu nada a respeito disso porque nós não participamos em nenhum momento dessas tratativas. Então, não sabe e nem podemos explicar o que foi que ela apresentou”.

Luiz Torres diz que não entende o distanciamento de Raquel Lyra e cobra ajustes no Plano Juntos pela Segurança, com a atualização do Código Disciplinar e do Plano de Cargos e Carreiras. Ele conta que chegou a recebê-la durantes as eleições e repassou as principais dificuldades da Polícia Militar na ocasião. Segundo o presidente da ACS-PE, na época, Raquel se comprometeu com a agenda, mas ainda não realizou ações para aproximar a corporação.

A reportagem levou as queixas da Associação Pernambucana dos Cabos e Soldado até a Secretaria de Defesa Social (SDS), mas a pasta não se pronunciou até a publicação.

Crédito da Imagem: Arquivo LeiaJá

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