RÁDIO NOVA XUCURU - AO VIVO

VOCÊ FAZ O SUCESSO

VOCÊ FAZ O SUCESSO

BAIXE O APLICATIVO RADIOSNET E OUÇA A NOVA XUCURU EM TODO LUGAR; CLIQUE NA FOTO ABAIXO E SAIBA MAIS

quinta-feira, 7 de junho de 2018

Falta de botijões no mercado dificulta compra de gás de cozinha em PE, diz sindicato

Quem informa é o G1 PE -

A dificuldade enfrentada pelos moradores de Pernambuco para comprar gás de cozinha nas revendedoras é reflexo de falta de botijões. A afirmação é de Walmir José Marinho Falcão, presidente do Sindicato dos Trabalhadores no Comércio de Minérios e Derivados de Petróleo de Pernambuco (Sintamico-PE). Ele estima que cerca de 500 mil vasilhames estão estocados, impossibilitando o engarrafamento e o comércio regular.

Nos últimos dias, desde o encerramento da paralisação nacional dos caminhoneiros, filas são registradas na frente de revendedoras de gás no Grande Recife. Consumidores pegam fichas e esperam pelo produto, que, muitas vezes, não chega, o que obriga o uso até de carvão.

Além disso, há denúncias de que botijões, que devem ser vendidos por até R$ 65, foram comercializados até pelo dobro do preço. O Procon-PE vem realizando fiscalizações e determinando a redução de valores.

Valmir José Falcão afirmou, nesta quinta-feira (7), por telefone, que botijões estão sendo represados em residências, estabelecimentos comerciais e revendedoras. “As pessoas estão fazendo estoque, com medo de novas paralisações ou desabastecimento. Quem comprava um botijão, passou a guardar dois ou três em casa ou no comércio”, afirmou. 

Falcão explicou que cinco empresas operam em Pernambuco: Liquigaz, Copagaz, Supergasbras, Ultragaz e Nacional Gás. Segundo ele, por determinação da Agência Nacional de Petróleo (ANP), uma companhia não pode engarrafar o produto da outra.

“A empresa que está com o botijão retido fica impossibilitada de recarregar e colocar vasilhame de volta no mercado”, explicou.

Por causa da paralisação dos caminhoneiros, os 800 trabalhadores ligados ao Sintramico passaram oito dias sem fazer engarrafamento e gás em Pernambuco. O produto é vendido no Grande Recife, interior de Pernambuco, além de Maceió (AL) e João Pessoa (PB).

“Após o fim do movimento, estamos trabalhando com duas horas-extras por dia para dar conta da demanda. Tem muita gente precisando de gás”, afirmou.

Em dias normais, os trabalhadores engarrafam 97 mil botijões. Com o aumento da carga horária, segundo Falcão, esse número passou para 130 mil unidades diárias. “As empresas estão com quadro completo de funcionários e trabalhando a mais, mas conseguimos dar conta”, acrescentou.

Procon
Para o Procon de Pernambuco, a estocagem de botijões de gás para consumo próprio e para revenda clandestina é um fator decisivo para o agravameneto do desabastecimento no Grande Recife.

"Tem gente comprando o produto e guardando para revender por um preço mais caro, como o dono de um estabelecimento que chama o rapaz que leva o botijão, de bicicleta, para a casa do cliente, por exemplo", afirma a secretária-executiva de Direitos Humanos e Direitos do Consumidor de Pernambuco, Mariana Pontual.

Segundo ela, nas revededoras, as recomendações do Procon-PE estão sendo seguidas. Por isso, não foi necessário fazer autuações nos últimos dias. "O preço estabelecido é de até R$ 65 por botijão. E os comerciantes sabem que devem limitar a entrega de uma unidade por pessoa", observou.

No país
Para a Associação Brasileira de Empresas Engarrafadoras de Gás (Abragás), a dificuldade da compra do botijão é decorrente do aumento da procura pelo produto. O presidente da entidade, José Luiz Rocha, afirma que a demanda aumentou em 30% após a paralisação nacional dos caminhoneiros.

Segundo ele, o aumento da demanda pelo gás colocou em exposição um gargalo do setor em todo o país, de uma hora para a outra. " A falta de capacidade de engarrafamento é antiga, mas ficou muito forte agora. As empresas estão sendo obrigadas a produzir para repor as perdas, atender ao mercado normal e suprir a demanda de quem está fazendo estoque. É muito problema junto”, declarou.

A Abragás tem 68 mil revendedoras filiadas, de nove marcas, em todo o Brasil. Por mês, são engarrafados 33 milhões de botijões. Durante os dez dias de paralisação, um terço desses vasilhames deixou de ser abastecido.

“Em alguns lugares do país, a situação está caótica. Fazemos um apelo para as pessoas não estocarem gás de cozinha”, observou.

Perigo
O Corpo de Bombeiros informou que guardar botijão de gás em locais sem autorização compromete a segurança de residências e estabelecimentos. Depois do fim da paralisação dos caminhoneiros, o número de denúncias sobre estocagem dos vasilhames teve grande aumento.

Segundo a corporação, em uma semana normal, os bombeiros recebem uma denúncia de estocagem irregular de botijões. Nos seis primeiros dias de junho, ocorreram 14 queixas no Grande Recife.

Esclarecimento
Em nota divulgada na terça-feira (5), os representantes das empresas que operam no Porto de Suape, no Grande Recife, informaram que todas as companhias estão trabalhando em regime especial para que a situação seja normalizada. Eles inform aram que a meta é atender a uma demanda eprimida de 10 dias por botijões de gás cozinha.

A nota informa que as cinco empresas abastecem, em dias normais, uma média de 104 mil botijões por dia em Suape. Nesse período pós-manifestação, a produção subiu para 135 mil botijões/dia, um crescimento de aproximadamente 30%.

Segundo informações do Porto de Suape, entre 30 de maio e a noite de segunda-feira (4), 1.189 caminhões carregados com botijões de gás de cozinha (13 quilos) deixaram as empresas para abastecer as cidades pernambucanas e de outros Estados da região, o que resulta em uma média de 198 veículos por dia.

Fotografia: Reprodução da internet

Comente com o Facebook:

0 comentários:

Postar um comentário

Share

Twitter Delicious Facebook Digg Stumbleupon Favorites More