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segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

ATAQUES NÃO CESSAM EM SANTA CATARINA, MESMO COM PRESENÇA DA FORÇA NACIONAL

Mesmo após a chegada da Força Nacional de Segurança a Santa Catarina, a Polícia Militar ainda registra ataques no estado. Entre a tarde de sexta-feira (15) e a manhã desta segunda (18) foram confirmados nove atentados. Segundo a comandante do Núcleo de Comunicação, tenente-coronel Claudete Lehmkuhl, os órgãos de segurança pública já previam que a onda de ataques não cessaria imediatamente após a chegada do reforço federal.

Ataque aconteceu na madrugada desta segunda,
três ônibus foram incendiados em Rio Negrinho
(Foto: Polícia Militar/Divulgação)
Desde sexta-feira (15), equipes da Força Nacional apoiam as ações de combate à onda de violência em Santa Catarina que chegou ao 19º dia. Até 13h desta segunda-feira (18) foram confirmados 111 ataques em 36 municípios catarinenses.

Segundo a Polícia Militar, alguns atos registrados são consequência de vandalismo ou isolados, cometidos por criminosos oportunistas. De acordo com a tenente-coronel, a expectativa é que os ataques comecem a diminuir nos próximos dias. "Com certeza, houve um descontentamento do grupo criminoso que comanda as ações e ele ainda tenta mostrar força. Ainda é pouco tempo para apresentar resultados. A gente sabia que não iria parar imediatamente", avalia Claudete.

Nos quatro primeiros dias que a Força Nacional está atuando em Santa Catarina, o foco das equipes ficou em auxiliar as ações nos presídios. "Sábado [16] eles auxiliaram na transferência dos presos e, depois, passaram a atuar nos presídios. Eles se tornaram pontos sensíveis, com as remoções. No decorrer do processo, com base nas informações da inteligência e sob a coordenação do comando, poderá haver mudanças na atuação", declarou Claudete.

Diferente do que aconteceu na primeira onda de violência, em novembro de 2012, os ataques estão descentralizados e ocorrem em um maior número de municípios. Claudete escplica que, por este motivo, a Polícia Militar manteve os efetivos nas cidades de origem e evitou fazer grandes mudanças de atendimento das equipes. "A PM não fez muitos deslocamentos por entender que toda cidade é passível de ataque", finalizou a tenente-coronel.

Medidas anunciadas
Desde sábado (16), as forças de segurança que atuam em Santa Catarina iniciaram várias ações para tentar conter a onda de violência no estado. Entre as medidas anunciadas pelo Governo de Santa Catarina, em conjunto com o Ministério da Justiça, foram realizadas transferências de 40 presos para Presídios Federais de Mossoró (RN) e Porto Velho (RO).

A Polícia Civil de Santa Catarina apresentou, também no sábado, parte das pessoas presas na força-tarefa realizada pela instituição no estado. Ao todo, a ação cumpriu 70 mandados de prisão, de 97 expedidos pela Justiça. Dos 70 mandados, 25 foram cumpridos com suspeitos que atuavam de fora dos presídios catarinenses. Os outros 45 envolviam presos, de dentro dos presídios, que organizavam as ações que ocorriam do lado de fora. Entre os presos, estavam cinco advogados e familiares de criminosos que colaboravam com os atentados.

No mesmo dia inciou a Operação Divisa, em que é feito monitoramento das fronteiras catarinenses por terra, ar e mar. Nas rodovias federais e estaduais foram montadas barreiras fixas em todas as divisas com outros estados. Equipes da Receita Federal auxiliam no monitoramento de mercadorias contrabandeadas.

Outra medida anunciada foi a análise da situação de presídios catarinenses. Segundo o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, a meta é que, no prazo de 30 dias, seja montada a chamada Frente Nacional de Defensores Públicos.

Entenda o caso
A segunda onda de atentados em Santa Catarina começou na noite de 30 de janeiro, no Vale do Itajaí. Até as 8h desta segunda-feira (18), a Polícia Militar havia confirmado 111 ataques. Veículos foram incendiados e foram disparados tiros e jogados coquetéis-molotovs contra prédios públicos. 

As ocorrências foram registradas em 36 municípios: Navegantes, São José, Florianópolis, Criciúma, Itajaí, Palhoça, Camboriú, São Francisco do Sul, Laguna, Araquari, Gaspar, Joinville, Balneário Camboriú, Jaraguá do Sul, Maracajá, Ilhota, Tubarão, Chapecó, Indaial, Brusque, Blumenau, Garuva, Bom Retiro, São Bento do Sul, Rio do Sul, Porto União, São João Batista, São Miguel do Oeste, Içara, Imbituba, Guaramirim, Campos Novos, Balneário Rincão, Itapoá, Água Doce e Rio Negrinho.

O policiamento foi reforçado em todas as regiões. De acordo com a Secretaria de Segurança Pública, a suspeita é de que as ordens sejam comandadas por uma facção criminosa e partam de dentro dos presídios. As autoridades investigam a relação dos ataques com denúncias de maus-tratos no Presídio de Joinville e com transferências de detentos no sistema prisional do estado. Em Joinville e Florianópolis, são feitas escalas especiais de escolta para os ônibus do transporte coletivo.

Em novembro de 2012, quando aconteceu a primeira onda de atentados, durante sete dias foram confirmados 58 atentados em 16 municípios catarinenses. Os ataques cessaram depois do anúncio da saída do diretor da Penitenciária de São Pedro de Alcântara.

Informa o G1 SC

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