Em Pesqueira, no Agreste, apenas alguns dias de chuva foram suficientes para mudar a paisagem árida dos últimos meses. Desde domingo (21) vem chovendo e os agricultores já começaram a plantar. A terra responde rápido: a caatinga recupera as folhagens, o verde tinge o cenário, as flores estão brotando e as aves se animaram a construir os ninhos.
O céu cinzento, carregado de nuvens, era tudo o que os agricultores mais queriam. "O sentimento da gente é de felicidade quando vê o tempo nublado", diz o agricultor José Antônio de Araújo. O pasto que sumiu com a estiagem, aos poucos volta a crescer. É como uma recompensa para o gado que procurava em vão pelo alimento. Pequenos riachos estão correndo e os reservatórios, que exibiam a terra rachada, vão juntando água.
Ainda não dá pra festejar o fim da seca. No Sertão, tem chovido bem menos e o período chuvoso termina no final de abril e, pelo terceiro ano seguido, choveu abaixo da média. Chuvas irregulares e mal distribuídas são características do Semiárido, mas onde elas caem, cada pingo d'água é mais do que vem vindo. De acordo com a Agência Pernambucana de Águas e Clima (Apac), ocorrerão chuvas isoladas até maio, quando termina o período chuvoso na região.
A agricultora Maria Helena de Moraes já esperava pelo caminhão-pipa, mas a chuva encheu a cisterna. Ela teria que gastar R$ 180 para comprar água. A chuva encheu os roçados de trabalhadores. Gente que não perde a esperança e está sempre disposta a recomeçar. "A gente espera que a chuva continue para continuar a trabalhar e plantar. Tudo fica melhor pra nós", diz o agricultor Edinaldo José da Silva.
Informa o G1 PE
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