DE QUEM É CULPA PELA CRISE DO ESTADO DE PE

Com informações do Blog de Inaldo Sampaio -

O secretário estadual da Fazenda, Décio Padilha, passou por uma situação de grande constrangimento ao ser desautorizado publicamente pelo governador João Lyra Neto no tocante a informações prestadas à Assembleia Legislativa sobre a queda de receita do Estado no presente exercício. Conforme suas explicações, prestadas aos parlamentares da Comissão de Finanças, Pernambuco deixou de contar com R$ 1,1 bilhão no orçamento deste ano por culpa do governo federal, que passou a retaliar o Estado após o rompimento do então governador Eduardo Campos com a presidente Dilma Rousseff. 

João Lyra Neto, no dia seguinte, deu outra versão para a não chegada do dinheiro, que seria fruto de dois empréstimos que não chegaram a ser concluídos devido a problemas de ordem burocrática. O governador quis dizer, em outras palavras, que a crise fiscal do Estado não é de sua responsabilidade. Já o encontrou deficitário.

Maioria bastante confortável

Dos 13 governadores eleitos no 1º turno, sete estão (por enquanto) sem maioria na Assembleia Legislativa, entre eles Flávio Dino (PCdoB) que impôs uma derrota acachapante à família Sarney no MA. Paulo Câmara (PSB) não terá esse problema em Pernambuco. Dos 49 deputados estaduais, ele terá o apoio de 40, o suficiente para aprovar, inclusive, emendas à Constituição. A oposição ficará restrita ao PT (três deputados), PTB (quatro), PSOL (um) e DEM (um).

Fracassos – Dos candidatos do PSB que disputaram governos estaduais, os que obtiveram menos votos foram Tarcísio Delgado (MG), Lídice da Mata (BA) e Vanderlan Cardoso (GO). Este último obteve apenas 14,98% dos votos, mas ajudou a mandar para o Senado o deputado federal Ronaldo Caiado (DEM), que Eduardo Campos vetou no PSB a pedido de Marina Silva.

Queda – Mesmo em setores refratários ao PT, nota-se uma queda da rejeição à candidata Dilma Rousseff em Pernambuco e um ligeiro distanciamento do candidato Aécio Neves (PSDB).

Origem – A deputada eleita Socorro Pimentel (PSL) é prima do ex-presidente da Assembleia Legislativa, José Ramos (DEM) e sobrinha do ex-governador Muniz Falcão (AL), já falecido.

Troca – Faltando uma semana para a eleição, o deputado federal eleito, Adalberto Cavalcanti (PTB), tirou Odacy Amorim (PT) de Afrânio, sua terra, e levou o petebista Romário Dias.

Sucessão – Reeleito deputado estadual com a maior votação de Petrolina, Odacy Amorim já está se comportando como o verdadeiro candidato à sucessão do prefeito Júlio Lossio (PMDB). O vice Guilherme Coelho (PSDB) está descartado porque obteve apenas 12 mil votos.

Academia – O historiador pernambucano Evaldo Cabral de Mello, irmão do poeta, já falecido, João Cabral de Mello Neto, será eleito na próxima quinta-feira para a vaga de João Ubaldo Ribeiro na Academia Brasileira de Letras. A de Ariano Suassuna ficará com Zuenir Ventura.

Exceção – Verdejante, no Sertão Central, foi o único município de Pernambuco em que Tadeu Alencar (PSB) não recebeu votos para a Câmara Federal. Como o grosso de sua votação foi na área metropolitana, ele está convencido de que seus votos foram “de opinião”, o que irá obrigá-lo a exercer o mandato com absoluto zelo, em sintonia com o “sentimento nativista” do povo pernambucano.

Oposição – Partido político em crescimento, o PSOL elegeu nessas eleições cinco deputados federais e alguns estaduais de qualidade como Edilson Silva, em Pernambuco. Este último será, pela qualidade de sua ação política, uma das vozes de oposição mais acreditadas ao governo de Paulo Câmara (PSB) juntamente com Teresa Leitão (PT), Romário Dias (PTB) e Priscila Krause (DEM).

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