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domingo, 26 de outubro de 2014

UM PAÍS DIVIDIDO

Com informações de O DIA ONLINE -

O Brasil que vai às urnas neste domingo se divide em nome, sobrenome, cor, número, símbolo, discurso e propostas. Há o Brasil de Dilma Rousseff, da estrela vermelha, do número 13. E há o Brasil de Aécio Neves, do tucano azul, do número 45. Até no futebol os dois candidatos resgatam uma rivalidade clássica: Aécio é Cruzeiro; Dilma torce pelo Atlético Mineiro.

Há o Brasil de Igor Moura, de 22 anos, estudante de jornalismo que espera do PT um segundo passo em políticas sociais e a promoção de reformas necessárias, como a tributária e a política. “O PT já organizou a casa e rompeu barreiras, como a expansão da universidade pública e a criação do Mais Médicos. Agora tem que avançar em pontos essenciais. Nas universidades, por exemplo, tem que melhorar a assistência estudantil”, avalia Igor.

Há também o Brasil do pedagogo Pablo Guimarães, 30, que vê na candidatura de Aécio um chamado para a mudança. “Espero que ele passe a governar com os melhores, com pessoas competentes que não sejam indicações políticas, que olhe para quem produz e reduza impostos para que as pessoas possam trabalhar”, afirma Pablo.

O confronto não é novidade. Será a sexta vez que os dois partidos se enfrentam nas urnas, ambos com uma feição diferente daquela que traziam em 1994, quando o PSDB ascendeu ao poder com Fernando Henrique Cardoso e a rivalidade das duas legendas explodiu em torno do Plano Real, na época rejeitado pelo PT.

Alguns estereótipos das duas legendas se mantêm em pesquisas de opinião: um Nordeste fortemente favorável ao PT e um Sudeste que tende a Aécio Neves. Este racha é visto como um embate entre uma elite que simpatizaria com os tucanos e a classe pobre, que seria mais favorável à candidatura de Dilma Rousseff.

O PT chega ao pleito com um avanço sólido em políticas sociais, mas desgastado pelo baixo crescimento e por denúncias de corrupção. O PSDB reaparece com uma mensagem de arrumação de casa e de uma racionalização das práticas econômicas, mas ainda não conseguiu explicar claramente como vai dar a guinada “contra tudo isso que está aí”.

REDES SOCIAIS

Se a polarização PT-PSDB não é nova, chama a atenção o clima bélico que emergiu nos últimos 20 dias e contaminou candidatos, dirigentes partidários, militantes e, é claro, eleitores. 
As redes sociais foram a caixa de ressonância para a agressividade, amplificando a tensão. “É um espaço de debate completamente sem controle e livre. Há páginas e páginas de comentários, termos pejorativos, palavrões, agressões. É um espaço de guerra”, critica o cientista político Antônio Alkmim, professor da PUC-Rio.

Em muitos casos, a confrontação online extravasou para o mundo real. Pablo conta que um ex-professor se recusou a cumprimentá-lo na rua por divergências ideológicas. “Todos em volta ficaram olhando sem entender exatamente o que tinha acontecido. Ele falou um monte de palavras de baixo calão”, lembra o eleitor de Aécio.

Igor foi ameaçado na Lapa quando andava com um adesivo de apoio a Dilma com as cores LGBT. “Um grupo se dirigiu para mim com uma ironia misturada com ameaça, perguntando se eu tinha visto como era a tortura. Só pararam de me reprimir quando viram minha namorada”, conta o estudante, eleitor da petista.

Neste domingo, toda esta tensão terá um desfecho.

Que vença o melhor.

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