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sexta-feira, 31 de outubro de 2014

REELEIÇÕES E CONTINUISMO MARCAM PRIMEIRA DISPUTA APÓS OS PROTESTOS DE 2013

Com informações do Blog de Jamildo -

Um ano e quatro meses depois da onda de protestos ocorrida nas principais cidades do País pedindo mudanças na forma de fazer política e na gestão pública, a eleição de 2014 foi marcada por um continuísmo expresso na reeleição de presidente Dilma Rousseff (PT) e de diversos governadores em todo o País. A petista enfrentou a disputa mais acirrada dos últimos 25 anos, mas venceu a eleição com 51,64% dos votos, contra os 48,36% do senador Aécio Neves (PSDB).

Dos dez maiores colégios eleitorais do País, apenas em dois houve uma ruptura política nas eleições concluídas no último domingo (26). Em Minas Gerais, o ex-prefeito de Belo Horizonte Fernando Pimentel (PT) venceu as eleições estaduais, encerrando um período de 12 anos de gestão do PSDB. Já no Rio Grande do Sul, José Ivo Sartori (PMDB) bateu o governador Tarso Genro (PT). Os gaúchos não reelegem um governador desde a redemocratização.

Em cinco dos dez maiores estados, os atuais governadores foram reeleitos: Geraldo Alckmin (PSDB), em São Paulo; Luiz Fernando Pezão (PMDB), no Rio de Janeiro; Beto Richa (PSDB), no Paraná; Simão Jatene (PSDB), no Pará; e Raimundo Colombo (PSD), em Santa Catarina.

Os casos de Alckmin e de Pezão são os mais emblemáticos. O primeiro porque a onda de protestos ocorrida em junho de 2013 começou em São Paulo, a partir de uma reivindicação contra o aumento no preço das passagens de ônibus. As manifestações ganharam força depois das ações de repressão da Polícia Militar (PM) e se espalharam pelo País.

No Rio de Janeiro, durante semanas, manifestantes ocuparam uma área em frente à casa do ex-governador Sérgio Cabral Filho (PMDB), no Leblon; o que gerou embates com a PM. Em novembro do ano passado, apenas 25% dos fluminenses aprovavam a gestão do governador, segundo o Datafolha. Ele renunciou ao cargo em abril deste ano para viabilizar a candidatura de Pezão. Em junho, desistiu de disputar uma vaga ao Senado para abrir espaço para César Maia (DEM), que acabou não sendo eleito.

Em três dos grandes eleitorados, o atual governador não podia disputar a reeleição, mas fez o sucessor. É o caso da Bahia, com Rui Costa (PT) e Jacques Wagner (PT); de Pernambuco, com Paulo Câmara (PSB) e Eduardo Campos (PSB); e do Ceará, com Camilo Santa (PT) e Cid Gomes (PROS).

MUDANÇA NO ELEITORADO – Para a professora de Comunicação da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) Raldianny Pereira, doutora em Sociologia com trabalhos na área de movimentos sociais, os protestos do ano passado tiveram diversos motivos e integraram vários movimentos, o que torna simplista afirmar que eles queriam a mudança de gestor e não se refletiram nas urnas.

“O que há de significativo nessas eleições é que mais uma vez a sociedade, os movimentos, o povo, foi às ruas. Independente das suas ideias, ambos os grupos foram às ruas. Acho que isso foi muito significativo para a história política do País”, explica.

Raldianny lembra que ao longo do segundo turno das eleições presidenciais, a população se envolveu diretamente no processo de escolha política, o que seria um reflexo do movimento ocorrido em junho do ano passado. “Esse movimento acabou, de certo modo, até revertendo a perspectiva da eleição presidencial. Porque Aécio, inclusive, aparentemente estava vencendo as eleições”, lembra.

A pesquisadora acredita que o engajamento dos brasileiros no dia-a-dia político não deve esmaecer após o resultado das eleições, e sim repercutir pelos próximos anos. “É uma tendência crescer. E espero, sinceramente, que seja assim para a própria mudança da sociedade. Porque cabe, realmente, aos movimentos sociais, tomarem as rédeas do destino do País”, defende.

Foto: AFP

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