LULA VAI ENCONTRAR O PSB DE PE "DO OUTRO LADO"

Com informações do Blog de Inaldo Sampaio -

Lula chega hoje a Pernambuco com Dilma Rousseff atrás dos votos dados a Marina no primeiro turno da eleição presidencial. Ambos vão encontrar o PSB num campo político do qual nunca fez parte nos últimos 25 anos: aliado ao PSDB e ao DEM. Desde 1989, ano da primeira eleição direta para a Presidência da República após a ditadura militar, o PSB sempre marchou junto com o PCdoB e o PT. Formaram a “Frente Brasil Popular” que apoiou Lula em 1989, 1994, 1998, 2002 e 2016. E Dilma Rousseff em 2010. 

Nessas eleições, o PSB resolveu não caminhar com o PT no primeiro turno e lançar candidato próprio ao Palácio do Planalto, que inicialmente foi Eduardo Campos e depois Marina Silva. Como a candidata do partido não chegou ao segundo turno, o PSB decidiu apoiar o senador Aécio Neves. Mas é difícil saber hoje se esta teria sido a posição de Eduardo Campos porque ele, em público, nunca admitiu esta hipótese.

Irresponsabilidade fiscal

O deputado não reeleito Pedro Eugênio (PT), que foi secretário da Fazenda no último governo de Miguel Arraes, disse ontem no Recife que Pernambuco “quebrou” e que os petistas não vão aceitar que se bote a culpa no governo de Dilma. Ele disse que há vários meses o Estado não paga aos seus fornecedores e que alguns deles, do ramo da construção civil, já quebraram. E que esta “irresponsabilidade fiscal” é que vai embasar o discurso das oposições a partir de 2015.

Pesquisa – O Ipespe divulgou pesquisa em João Pessoa na última 5ª feira apontando Cássio Cunha Lima (PSDB) com 53% dos votos válidos, ante 47% do governador Ricardo Coutinho (PSB). No dia seguinte o Ibope disse o contrário: que Coutinho é quem tem 53% e o senador 47%. Coutinho elegeu-se em 2010 com o apoio de Cássio e está a caminho da libertação.

Pacto – João Paulo (PT) não admite, pelo menos por enquanto, disputar a prefeitura do Recife daqui a 2 anos. Diz que o PT precisa de um novo “pacto interno” antes de pensar em eleições.

Ameba – De Roberto Amaral (PSB) sobre a propalada fusão do seu partido com o PPS: “Nascerá um partido sem espinha dorsal, sem conteúdo e sem projeto. Ou seja, uma ameba”.

Disputa – Sem barulho, porque isso não convém às partes, os deputados Aluísio Lessa (PSB) e Eriberto Medeiros (PTC) já estão em campanha pela 1ª secretaria da Assembleia Legislativa.

Fico – Aos 76 anos, Inocêncio Oliveira não tem mais idade para trocar de partido. Está desconfortável no PR, que lhe tomou a presidência do diretório estadual, mas não pretende sair do partido porque todos os outros são iguais. Divergiu da direção nacional, perde o comando.

Aliança – Moroni Torgan (DEM), campeão de votos no Ceará para a Câmara Federal, apoia abertamente Camilo Santana (PT) para o governo estadual. Em Pernambuco, Mendonça Filho (DEM) negou-se a apoiar Armando Monteiro (PTB) porque o senador recebia apoio do PT.

Blindagem – O escândalo da Petrobras arranhou a imagem do PT, do governo federal e de políticos do PMDB, PP, PSB e PSDB. Mas não atingiu a pessoa de Dilma, que é autoritária e mal educada mas, até prova em contrária, honesta. É isto que a mantém empatada com Aécio Neves nas últimas pesquisas de opinião, sinalizando que a eleição presidencial será decidida na boca da urna.

Declínio – Após 14 anos à frente da Prefeitura de Olinda, o PCdoB dá sinais de cansaço e de desgaste. O seu candidato a deputado estadual, Marcelino Granja, apoiado pelo prefeito Renildo Calheiros e a deputada federal reeleita Luciana Santos, obteve cerca de 10 mil votos, ante quase 18 mil da candidata derrotada à prefeitura Izabel Urquisa (PMDB). A peemedebista vai disputar de novo em 2016.

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