Falta de higiene e armazenamento inadequado dos alimentos são as principais causas da contaminação
O fim do ano se aproxima e quem não vai trabalhar programa viagens ou festas especiais. Malas prontas e destino certo, bastante sol para acompanhar as bebidas e porções à beira-mar e de repente algo não cai bem no estômago. Ter uma infecção alimentar em plena semana de festas certamente estragaria a viagem, mas, além disso, pode ser difícil encontrar o atendimento médico adequado. Para não passar a "virada" no posto médico vale à pena se atentar aos restaurantes e pratos escolhidos.
A primeira coisa antes de escolher um quiosque é analisar as condições higiênicas do estabelecimento. "Precisa observar se as mesas são devidamente limpas, se os manipuladores estão uniformizados, usando toucas de proteção para os cabelos e se estão tendo o cuidado de higienizar as mãos", enumerou a nutricionista Adriana Castro. A dica da endocrinologista da Universidade Federal do Paraná, Rosana Radominski, é escolher o quiosque que tenha aval da prefeitura ou Vigilância Sanitária.
Definir bem o cardápio também pode ajudar a evitar problemas gástricos. "Qualquer alimento pode causar uma infecção alimentar, mas claro que existem alguns que devemos tomar mais cuidado", disse a nutricionista Adriana. Em geral, segundo ela, é importante que qualquer comida esteja devidamente armazenada, na temperatura correta e sem exposição ao sol ou poeira. "Nunca se deve comer restos de buffets", aconselhou.
O vendedor de queijo coalho e churrasquinho na praia pode ser simpático e convincente, mas comprar alimentos vendidos por ambulantes pode trazer arrependimentos. Além disso, camarão frito, sanduíche natural, empadinhas, coxinhas, frutas, legumes, saladas, peixes crus e ostras - sem procedência segura - devem ser evitados, de acordo com Adriana. "Frutos-do-mar precisam estar frescos", acrescentou a endocrinologista Rosana.
Crus, cozidos e fritos
Os alimentos cozidos e fritos têm menos probabilidade de estarem contaminados, disse Rosana. No entanto, a nutricionista Adriana explica que eles só não oferecem risco se forem devidamente armazenados, em temperatura e local corretos depois de prontos. O ideal é escolher sempre o que foi feito na hora, de preferência assistir ao preparo do prato.
"Os salgados prontos que ficam armazenados em estufas já não são seguros", afirmou Rosana. Claro que se compararmos aos alimentos crus, a probabilidade de estarem contaminados é menor por terem passado pelo fogo, mas isso não significa que a sua qualidade estará garantida. "Qualquer alimento que não passe por tratamento térmico tem um risco de contaminação maior", complementou Adriana.
"Os salgados prontos que ficam armazenados em estufas já não são seguros", afirmou Rosana. Claro que se compararmos aos alimentos crus, a probabilidade de estarem contaminados é menor por terem passado pelo fogo, mas isso não significa que a sua qualidade estará garantida. "Qualquer alimento que não passe por tratamento térmico tem um risco de contaminação maior", complementou Adriana.
Bebidas
Quem pensa que deixar os quitutes de lado e apenas consumir bebidas na praia é uma forma de ser ver livre de infecções alimentares está enganado. "Já vi paciente com infecção por beber um suco, por causa de falta de higiene de quem preparou", exemplificou Rosana. O liquidificador, se não for bem limpo, pode armazenar bactérias. "A faca pode contaminar a bebida ou até mesmo as mãos sujas da pessoa que está fazendo", disse ela.
O conselho vale também para as bebidas alcóolicas. O álcool não impede que as bactérias se alojem nas caipirinhas e batidas. É importante se atentar, segundo Adriana, ao gelo usado nas bebidas, se ele é limpo ou não.
Infecção alimentar
A complicação, geralmente, é seguida de diarreia, pode provocar desidratações, tonturas, dores estomacais e de cabeça, febre, entre outros sintomas. Já a toxiinfecção, na maioria das vezes seguida de vômitos, pode ser mais grave e com duração prolongada, explicou Adriana.
Em ambos os casos, o conselho da endocrinologista Rosana é a procura por ajuda médica. "A pessoa perde potássio, vitaminas e não pode ficar sem ser medicada", disse. "O ideal mesmo para não passar mal no Réveillon é se alimentar em casa, tomar um café da manhã reforçado, ir à praia, voltar para casa para o almoço e por aí vai", conclui a endocrinologista.
Informações: Saudeterra.com.br
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