(Foto: Elias Bruno/G1 Ceará)
Administração do hospital do município confirma 63 notificações no sábado. "Dos 11 casos confirmados, nenhum é grave", afirma o médico.
“O surto iniciou no dia 18 de novembro e até agora não notificamos nenhum caso grave”, afirma o médico Vitor Queiroz, diretor clínico do hospital municipal São Sebastião em Pedra Branca, a 261 km de Fortaleza , onde foram confirmados 11 casos de gripe A nesta semana.
O médico acompanhou a proliferação do vírus H1N1 no município desde os primeiros casos e explica porque a investigação começou: “o que nos fez iniciar essa investigação foi o fato de um colégio apresentar um número muito grande de alunos com o quadro clínico de tosse seca, dores musculares e dor de cabeça”, afirma.
Enfermeiras guardam lote de Tamiflu enviado pela
Secretaria de Saúde do Estado do Ceará
(Foto: Elias Bruno/G1 Ceará)
Secretaria de Saúde do Estado do Ceará
(Foto: Elias Bruno/G1 Ceará)
Para Queiroz, a suspeita inicial de como o vírus chegou ao município é de que uma pessoa ligada à Escola Estadual de Educação Profissional (EEEP) Antônio Rodrigues de Oliveira tenha tido contato com outra pessoa infectada que tenha vindo de algum estado do sudeste. “Em Pedra Branca, existe a cultura de trabalhadores migrarem para o corte de cana no Sudeste e a suspeita é que essa pessoa tenha trazido o vírus e mantido contato com alguém do colégio”, comenta.
Segundo a administração do hospital, um funcionário da escola procurou atendimento médico na terça-feira (22) e foi encaminhado ao Hospital São José, em Fortaleza.
63 suspeitas em um dia
O diretor clínico informou ao G1 que, até às 22h de sábado (26), haviam 162 casos suspeitos e 11 confirmados de gripe A. “A demanda tem aumentado nos últimos dias. Só durante o dia de hoje (sábado), foram 63 notificações”, disse enquanto uma das enfermeiras do hospital saía da sala para atender outro paciente com sintomas suspeitos.
No entanto, o médico ressalta que não há nenhum caso grave dentre todos os notificados e que as amostras para novas confirmações serão feitas apenas em pacientes graves. “Como estamos tratando os casos como surto, estamos diagnosticando todos os casos suspeitos e pedindo apenas que os mais graves tenham amostras de sangue coletadas para um tratamento não-convencional”, diz.Segundo Vitor, amostras do Tamiflu, medicamento específico para pacientes diagnosticados com gripe A, chegou ao hospital às 17h do sábado. “Assim que as confirmações foram divulgadas pela Secretaria de Saúde do Estado, fizemos o pedido do medicamento”, explica.
O médico ressalta que nem todos os casos são indicados para receber o Tamiflu. “Apenas os pacientes que se encaixam no quadro de risco, ou seja, com complicação pulmonar, crianças com menos de dois anos e idosos com mais de 60, pessoas com baixa imunodeficiência e com doenças crônicas são os indicados para receber o remédio. No momento, estamos com uma criança de sete meses sendo observada e ela pode ser a primeira a ser medicada com o Tamyflu”, afirma.
De acordo com a chefia de enfermagem, uma equipe composta por dois médicos e seis enfermeiros fazem plantão no hospital durante toda a semana. Neste domingo (27), o secretário estadual de saúde do Ceará, Arruda Bastos, deve vir ao município com uma equipe para reforçar os atendimentos e prestar novos esclarecimentos sobre o surto à população.
Informações: G1 CE
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