A partir de 1º de fevereiro volta a valer a medida que proíbe a fabricação e comercialização do álcool em estado líquido em todo o país. O objetivo é diminuir o número de casos de queimaduras e ingestão acidental, principalmente em crianças. A proibição começou em 2002, após resolução da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), mas foi suspensa por conta de decisão judicial a favor do setor industrial.
Objetivo da proibição é diminuir o número de casos de queimaduras e ingestão acidental, principalmente em crianças |
Em agosto de 2012, a Justiça Federal derrubou a decisão e agora não há mais possibilidade de recurso. Foi definido que as indústrias teriam até 31 de janeiro de 2013 para se adequar às novas exigências. A partir de fevereiro, todo estoque irregular existente no mercado deve ser recolhido.
"Caso o consumidor encontre álcool líquido disponível à venda, a vigilância sanitária municipal deve ser comunicada e o produto será apreendido" , explicou o coordenador da Vigilância Sanitária Estadual, Paulo Costa Santana.
O álcool líquido é menos seguro do que a forma em gel e aumenta os riscos de acidentes graves com queimaduras. " A apresentação em gel evita que, em caso de derramamento, o álcool tenha contato com grandes áreas do corpo, como ocorre na forma líquida. Além disso, ele rende três vezes mais que o líquido" , disse Santana.
Segundo dados do Ministério da Saúde, de janeiro a novembro de 2012, 2.113 crianças foram internadas no Sistema Único de Saúde vítimas de queimaduras por fogo, fumaça ou chamas. Do total, 662 casos estavam relacionados a substâncias inflamáveis, como o álcool líquido. No Paraná, o número de internações foi de 448 crianças, sendo que 33 tiveram contato com substâncias inflamáveis.
Entre os adultos, o risco de acidentes com álcool líquido também é grande. Em 2011, o Hospital Evangélico de Curitiba atendeu 329 adultos vítimas de queimaduras 25% deles teve contato com álcool.
Informa o ISAÚDE.net
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