Com informações do LeiaJá -
A duas semanas das eleições, a campanha eleitoral entra na reta final. Neste momento, os postulantes estão se concentrando em consolidar candidaturas e na conquista de mais votos. Pela legislação eleitoral, 2 de outubro será o último dia de propaganda eleitoral gratuita no rádio e na televisão, assim como para a realização de debates entre os candidatos. A data também será o prazo final para a participação de comícios e utilização de aparelhagem de sonorização fixa.
Até o dia seguinte, 3 de outubro, os partidos políticos poderão fazer a divulgação paga, na imprensa escrita, e a reprodução na internet do jornal impresso, de propaganda eleitoral. Já o uso de alto-falantes ou amplificadores de som está permitido até as 22h do sábado (4). O primeiro turno está marcado para o dia 5 de outubro. Os eleitores poderão manifestar a preferência por qualquer partido político, coligação ou candidato, desde que de maneira "individual e silenciosa", conforme manda a legislação eleitoral. Já os partidos e candidatos não poderão fazer propagandas.
Presidenciáveis
Nessa reta final, os três principais candidatos à Presidência da República – Dilma Rousseff (PT), Marina Silva (PSB) e Aécio Neves (PSDB) -, estão concentrados nos inúmeros compromissos de campanha. A estratégia é focar as atividades para fortalecer as candidaturas nos principais colégios eleitorais e conquistar os votos dos indecisos.
Com cenário eleitoral indefinido, as três coligações mantém a esperança de vencer nas urnas e comandar o país pelos próximos quatro anos. Aécio Neves, inclusive, que andava desacreditado após sucessivas quedas nas pesquisas de intenção de voto, recuperou o fôlego após subir quatro pontos percentuais, e tem demonstrado mais confiança, com frases como “essa é a hora da virada”. Nos guias eleitorais, o PSDB tem explorado a insatisfação da população com os serviços de saúde e educação e na condução da economia, pontos sensíveis do governo Dilma.
Já a petista tem tentado evitar o desgaste da população com os problemas do país. A palavra de ordem é destacar os avanços e salientar que ainda “há muito a ser feito”. Mesmo com a influência de Lula sobre o eleitorado um pouco arranhada, especialmente após a postura do partido diante do julgamento do mensalão, ela está confiante. “Quem vai ganhar essas eleições é quem mudou o Brasil. Quem combateu a fome e a miséria, quem reduziu a desigualdade social e quem combateu essa crise e defendeu o país, não deixando que houvesse desemprego nem redução de salários”, disse.
Evitando tocar em temas polêmicos e afastando os boatos de que acabaria com os programas sociais da gestão petista, Marina Silva tenta manter os votos conquistados assim que substituiu Eduardo Campos na chapa. A estratégia é consolidar a candidatura para garantir a ida ao segundo turno. A socialista tem evitado as ofensas pessoais durante a campanha e chegou a "mandar recado" para Dilma durante comício em Fortaleza. “Dilma, você fique ciente: não vou lhe combater com as suas armas, vou lhe combater com a nossa verdade, com o nosso respeito e com as nossas propostas”, frisou.
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