A controladora da Companhia Energética de Pernambuco (Celpe) pode mudar de dono. O grupo Neonergia – que, além da Celpe, é proprietário das distribuidoras Cosern (RN) e Coelba (BA) – está sendo negociado pela espanhola Iberdrola, que detém 39% das ações. Entre os possíveis compradores, estão grupos internacionais como a chinesa State Grig e a alemã E.ON.
Nessa semana, a Cemig, estatal mineira de geração e distribuição de energia, também demonstrou interesse em adquirir os 39% do negócio. Atualmente, o Neoenergia está avaliado em R$ 24 bilhões. Independente do destino que os espanhóis quiserem dar às ações da empresa, o potencial comprador terá de desembolsar no mínimo R$ 9,3 bilhões.
A Previ e o Banco do Brasil, atualmente, são donos de 61% do Neoenergia. O grupo espanhol tinha a intenção de assumir o controle acionário da companhia. As negociações não foram adiante, por causa da rejeição da presidente Dilma Rousseff, que não quer o controle da empresa desnacionalizado. Dessa forma, o Iberdrola colocou a sua parte à venda. A alemã E.ON se mostrou interessada nos ativos, mas as negociações avançaram com o State Grid, tanto que os chineses já haviam contratado auditores para avaliar as contas do Neoenergia.
Assim como não aprovou o aumento da participação dos espanhóis, o governo não quer a entrada dos chineses na companhia. Para impedir a entrada dos chineses, os sócios brasileiros (Previ e Banco do Brasil) podem ir à Justiça, porque têm direito de preferência sobre os 39% da Iberdrola.
Nessa semana, durante o seminário Rio Investors Day, o diretor financeiro da Cemig, Luiz Fernando Rolla, revelou que a estatal mineira tem interesse na fatia da Iberdrola na Neoenergia. A área de concessão com grande potencial de crescimento é um dos atrativos do Neonergia. Por se tratar de um grupo nacional, a aquisição pela Cemig é mais provável de ser aceita pelo governo federal. Agora é esperar para ver quem vai ganhar essa queda de braço.
Informações: DIARIOdePERNAMBUCO.com.br
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