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sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

MANTEGA PREVÊ PIB DE 4% E DIZ QUE JUROS DE BANCOS PÚBLICOS CAIRÃO MAIS

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, declarou nesta quinta-feira (27) que mantém em 4% sua previsão para o crescimento da economia brasileira, valor que está acima dos 3,3% de expansão estimados pelo mercado financeiro para o ano que vem. Disse também que os bancos públicos – Banco  do Brasil e Caixa – continuarão a reduzir taxas de juros.

"Em 2013, a economia vai começar muito melhor do que começou em 2011. Em 2011, os juros estavam altos. Tínhamos algum tributo que estamos tirando. Não tinha redução de energia elétrica e o câmbio estava desfavorável", declarou ele em entrevista exclusiva ao G1.

O ministro da Fazenda também falou ao jornalista João Borges, da Globo News. A entrevista foi exibida no Jornal das Dez (veja no vídeo ao lado). 

Segundo Mantega, o ano de 2013 começará com "condições muito melhores". "Vamos ter redução de energia elétrica, vamos começar com os juros mais baixos da nossa história, ou seja, com custo financeiro reduzido, com um câmbio mais elevado, a R$ 2, R$ 2 e pouquinho [cotação do dólar]. Em janeiro de 2012, era de R$ 1,65", afirmou o ministro da Fazenda.

Em sua visão, a taxa de câmbio pouco acima de R$ 2 por dólar dá mais competitividade para o setor industrial. "Então, nós terminamos este ano com o setor industrial crescendo 1,5% no terceiro trimestre e com a agricultura está indo bem. E esperamos uma melhoria do setor de serviços, que no terceiro trimestre deixou a desejar [no terceiro trimestre de 2012]", acrescentou.

Segundo o ministro da Fazenda, a indústria, que pode registrar queda neste ano, deve ter um crescimento de 3,5% a 4% em 2013, além da taxa de investimento avançar 8%, em sua previsão. "A agricultura tem tudo para ir bem. O mundo está comendo mais e precisa de mais produtos agrícolas. Estamos expandindo nossa produção e vão começar em 2013 uma parte das concessões . Vamos começar estradas, ferrovias", afirmou.

Juros
Sobre as taxas cobradas nas operações de crédito disse que os bancos públicos continuarão reduzindo suas taxas para os clientes em 2013, mesmo com a perspectiva do mercado financeiro de que a taxa básica da economia, definida pelo Banco Central a cada 45 dias, permaneça estável em 7,25% ao ano até o fim do ano que vem.

"Os bancos públicos vão continuar reduzindo os juros. Apesar de os juros terem caído bastante ultimamente, ainda estamos defasados em relação ao resto do mundo. No Brasil, se pratica juros elevados. Então, temos condições de ter uma trajetória benigna em relação aos juros", declarou ao G1. 

Nesta quinta-feira pela manhã, Mantega se reuniu com os principais bancos do país. Estavam representados, no encontro Itaú, Bradesco, Banco do Brasil, Safra, Santander, HSBC, Caixa Econômica Federal e Citibank. Segundo o ministro, a reunião foi para fazer uma avaliação de 2012 e traçar perspectivas para o ano que vem.

"Avaliamos que 2012 foi um ano difícil, um ano de adaptação às novas condições. Foi um ano em que baixamos os juros, foi uma queda grande [de 12,5% ao ano em agosto de 2011 para 7,25% ao ano em dezembro de 2012]. E isso obriga os bancos a se adaptarem. Antes, eles ganhavam mais com tesouraria, aplicando em títulos públicos. Agora, se eles quiserem ganhar pouquinho, eles podem continuar com títulos públicos. Só que é mais interessante eles emprestarem o dinheiro para a produção, para o consumo", disse ele. 

Mantega lembrou que os bancos que liberaram mais recursos, em 2012, foram os públicos. "Mas porque os bancos privados não quiserem liberar crédito. Os bancos têm essa natureza mais conservadora. Quando a economia está em crise, como a economia mundial em 2012, eles se retraem. É quase uma reação instintiva dos bancos. Eles [bancos privados] vão voltar em 2013. Já começaram a aumentar um pouco o crédito no fim de 2012. Estão sentindo mais segurança", afirmou o ministro. Segundo ele, as instituições privadas podem crescer mais do que os bancos públicos no próximo ano.

Mídia britânica
Sobre as críticas recebidas de publicações britânicas, como "The Economist" e o "Financial Times" – que publicou uma sátira com a presidente Dilma Rousseff, citando o próprio Mantega, nesta quinta-feira (27) – o ministro declarou que isso se deve ao fato de ter pisado em "calos" de alguns especuladores. 

"Neste ano, eu contrariei o interesse dos especuladores internacionais. Não dos investidores, do pessoal que vem para a bolsa, mas dos especuladores que não são nem os grandes bancos. São meia dúzia que tem por aí. Tinham uma 'boquinha' aqui no Brasil. Ganhavam fácil dinheiro, especulando", disse ele.

Segundo o ministro, estes especuladores buscavam recursos no Japão, e Estados Unidos, com juros baixos (próximos de 1% ao ano) e aplicavam no Brasil, que rendia 12% a 13% ao ano. "Essa 'boquinha' acabou. Então, eles estão melindrados. Tem muita gente na praça de Londres, que é a sede destas revistas, que estão la. Uma delas chegou a citar um fundo, que é de segunda linha, que tem aplicações no Brasil e que deixou de ganhar dinheiro", afirmou ele. 

De acordo com Mantega, ministro da fazenda que agrada a todo mundo não é um bom ministro da fazenda. "Não dá pra agradar todo mundo. Para você defender os interesses da maioria da população, tem de pisar em alguns calos e contrariar alguns interesses", concluiu ele.

Com apoio da presidente da República, Dilma Rousseff, que declarou que irá manter Mantega no governo, ele completará, em março de 2014, mais de oito anos no cargo, superando Pedro Malan, da gestão Fernando Henrique Cardoso, se tornando o ministro da Fazenda a ter permanecido por mais tempo no cargo.

Do G1

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