RÁDIO NOVA XUCURU - AO VIVO

VOCÊ FAZ O SUCESSO

VOCÊ FAZ O SUCESSO

BAIXE O APLICATIVO RADIOSNET E OUÇA A NOVA XUCURU EM TODO LUGAR; CLIQUE NA FOTO ABAIXO E SAIBA MAIS

domingo, 29 de junho de 2014

NOS PÊNALTIS, COSTA RICA VENCE A GRÉCIA E VAI PARA AS QUARTAS DE FINAL DA COPA 2014

Num jogo que parecia que não queria acabar, a Costa Rica mostrou que quem deu as cartas na Arena Pernambuco nesta Copa do Mundo foi ela. Depois de sofrer o empate aos 45 do segundo tempo (1x1), o time centro-americano segurou as pontas na prorrogação e bateu a Grécia nos pênaltis por 5x3. Em seu segundo jogo no estádio pernambucano, os Ticos voltaram a escrever mais um capítulo de ouro em sua história futebolística. Nas quartas de final, o adversário será a Holanda, que derrotou o México por 2x1. O jogo acontece no próximo sábado (5), às 17h, na Arena Fonte Nova, em Salvador.

Navas salta para defender o pênalti de Gekas.
Foto: AFP
As previsões mais negativas davam conta de um jogo parado, lento e com pouca ou nenhuma emoção. Ao menos no primeiro tempo acertaram. A Costa Rica não foi o time incendiário que levou às cinzas os gigantes Uruguai e Itália. Da Grécia só se esperava retranca e contra-ataque. E eles fizeram justamente isso e, pasmem, ignoraram a esmagadora maioria pernambucana pró-latinos e teve mais organização ofensiva. Mas ainda foi pouco para tirar o 0x0.

Os Ticos começaram do jeito que o povo gostava e acostumou-se a ver na primeira estadia dos costarriquenhos na capital pernambucana: foram para cima, tentando imprimir velocidade. Mas a pilha estava fraca e durou menos de cinco minutos. Pilha fraca também para tomar a bola dos rivais, tanto de um lado como de outro. A Grécia se organizava para preencher os espaços e os adversários não pressionavam a saída de bola. Quando a tinham tocavam com velocidade quase infantil.

Com a bola sofrendo um açoite após o outro, o público, que chegou ensaiar "olés" e "Olê, olê, olê! Ticos! Ticos!", resolveu se divertir sozinho. Organizou a melhor 'olla' - aquela onda de braços criada na Copa de 1986, no México - e durante bons três minutos, os 22 jogadores foram solenemente ignorados. Só aos 36 minutos alguém fez o favor de tirar o mofo da partida. E foi o time europeu. Cholevas cruzou da esquerda e Salpingidis entrou para completar. Navas fechou o ângulo e desviou para escanteio.

E depois voltamos para as cadeiras. O punhado de gregos localizado na parte inferior à direita da tribuna de imprensa, ensaiava gritos de "Brasil" para ganhar adeptos. Os brasileiros esqueceram os ticos e, pela primeira vez, a Arena Pernambuco, ouviu o infame "Sou brasileiro, com muito orgulho, com muito amor", que há décadas constitui-se no solitário grito de guerra em jogo da Canarinha. O último destaque foi a bela vaia que as vozes que gritavam pelos ticos soltou ao fim do primeiro tempo.

A volta para o segundo prometia o mesmo ritmo de câmera super-lenta quando Ruiz, o camisa 10 costarrquinho, mostrou o nível de sua intimidade com as redes da Arena Pernambuco. Contra a Itália ele marcou no lado direito. Cavalheiro, fez o mesmo do lado esquerdo ao escorar uma bola rolada por Bolaños. O engraçado é que ela foi rolando lentamente pela grama até acomodar-se no canto esquerdo da barra, sem que ninguém de azul tivesse qualquer iniciativa de mudar a trajetória.

Como se tratava de um perde e volta para casa esperava-se uma Grécia finalmente abandonando a reflexão ateniense e partindo para o ataque espartano. Não teve jeito, o DNA futebolístico helênico não combina com o ataque. Foi preciso algo mais. E ele atendeu pela expulsão de Duarte, aos 21 minutos. Com um a menos a Costa Rica teve que recuar todo mundo para o seu campo. E para evitar um vazio entre ambos, a Grécia avançou suas fileiras.

E o técnico Fernando Santos deixou o time com três atacantes: Gekas, Mitroglou e Katsouranis. O problema era alguém que que alimentasse o trio. O único era o capitão Karagounis, mas bem marcado, nem sempre conseguia escapar das garras dos adversários. Quando a bola chegou ao ataque, eles provaram porque são tão bons se defendendo. Era difícil dominar a bola. Gekas o fez de canela ao receber um ótimo lançamento na linha frontal da pequena área.

Da Costa Rica pouco pôde-se dizer depois da expulsão. Campbell ficou sozinho no ataque e os outros nove atrás da linha da bola tentando induzir os gregos ao erro, artimanha que eles nem faziam muito esforço para cair. Aos 42, Lazaros arrancou pela direita e cruzou da linha de fundo. Gekas, mais uma vez, meteu a canela na bola e jogou de zagueiro.

No apagar das luzes, o que se configurava numa tragédia ganhou ares de epopeia. Aos 45 minutos, Sokratis, não quis saber dos porques filosóficos e mandou o pé direito na bola reboteada por Navas. Ninguém sabia para onde correr. Dois minutos depois, o caneludo Gekas usou a cabeça e obrigou o goleiro costarriquenho a fazer uma grande defesa. Após 89 minutos, o despertador da partida tocava. E ainda haveria mais meia hora pela frente...

PRORROGAÇÃO - Com o adversário inferiorizado numericamente e fisicamente a Grécia tomou a iniciativa na prorrogação. E optou por levantar a bola na área. Aos dez minutos, Katsouranis ficou com as migalhas de um bate-rebate e só não fez o gol da virada porque o pé salvador de Gonzalez apareceu para bloqueá-lo. Katsouranis teve que volar à sua área aos 14 para abafar um cruzamento. O segundo continuou o mesmo: Lazaros escapando pela direita para a Grécia e a Costa Rica esperando um milagre. Aos sete minutos, Lazaros teve a chance de ouro para coroar sua atuação diferente de todo time grego num contra-ataque. Mas o chute saiu fraco e Navas defendeu. Gekas, sempre ele, teve a classificação nos pés. Mas como seu forte é a cabeça, chutou prensado e a bola foi para fora. Os dois minutos de acréscimo foram constrangedores com jogadores das duas equipes pedindo o apito final. Quando ele veio, vários desabaram no gramado.

PÊNALTIS - Quem começou a disputa por pênaltis foi a torcida que fica do lado esquerdo das tribunas de imprensa. Aos gritos de "Aqui! Aqui!" Pediam que a barra 'deles' fosse escolhida. A turma do lado direito, com menos decibeis, repetiu o pedido. Apesar de pedir com menos fervor, o lado direito venceu. E o senhor Matthew Cream teve que ouvir em bom português um coro nada lisonjeiro.

Com a bola na cal a disputa ficou taco a taco até o quarto pênalti, quando Gekas tentou o canto alto direito de Navas mas mandou devagar. O goleiro espalmou e na cobrança seguinte, Umana garantiu uma inédita quarta de final para a Costa Rica por 5x3.

Ficha do jogo:

Costa Rica: Navas; Gonzalez, Duarte e Umana; Gamboa (Acosta), Borges, Tejeda (Cubero), Ruiz, Bolaños (Brenes) e Diaz; Campbell. Técnico: Jorge Luis Pinto.

Grécia: Karnezis; Torosidis, Manolas, Sokratis e Cholevas; Karagounis, Maniatis (Katsouranis) e Samaris (Mitroglou); Salpingidis (Gekas), Samaras e Lazaros. Técnico: Fernando Santos.

Local: Arena Pernambuco. Árbitro: Benjamin Williams (AUS). Assistentes: Matthew Cream (AUS) e Hakan Anaz (AUS). Gols: Ruiz, aos sete; e Sokratis, aos 45 do segundo tempo. Cartões amarelos: Samaris, Manolas, Granado, Navas e Tejeda. Expulsão: Duarte. Público: 41.242. Nos pênaltis: Costa Rica 5x3 Grécia.

Informa o NE10

Comente com o Facebook:

0 comentários:

Postar um comentário

Share

Twitter Delicious Facebook Digg Stumbleupon Favorites More