Com informações do Blog de Inaldo Sampaio -
O ex-presidente Fernando Henrique prestou um enorme serviço ao Brasil ao advertir publicamente o seu partido de que o “impeachment” de Dilma Rousseff não pode ser “tese” do PSDB. Há que se verificar preliminarmente, disse ele, se a presidente cometeu ou não crime de responsabilidade que justifique o seu afastamento do cargo. Mas não são os partidos de oposição que irão dizer se houve ou não a prática desse crime, tampouco pareceres de juristas, e sim a Justiça, afirmou FHC.
Foi uma paulada sem tamanho no lombo do senador Aécio Neves, que vinha se comportando com moderação em relação a este fato, porém pressionado por vários deputados da bancada federal, entre os quais o pernambucano Bruno Araújo, aderiu à tese do “impeachment” a pretexto de que o PSDB não poderia ficar a reboque do Solidariedade (o primeiro partido a pregar o afastamento de Dilma) nem do senador Ronaldo Caiado (DEM-GO).
A trindade peemedebista
A maioria dos brasileiros que defende o “impeachment” de Dilma Rousseff não sabe que o eventual afastamento dela culminaria com a ascensão do vice Michel Temer à Presidência da República. Pensam que Aécio Neves (PSDB) é quem seria convocado para substituí-la. É por isso que FHC já havia alertado lá atrás: “Tirar Dilma pra botar quem?” Ou seja, sem Dilma no governo o país ficaria nas mãos da trinca Michel-Renan Calheiros-Eduardo Cunha (PMDB).
Força Com a posse, amanhã, do suplente Manoel Botafogo, na Assembleia Legislativa, em substituição a Manoel Santos (PT), a bancada “guilhermista” ficará mais forte ainda. Botafogo pertenceu ao PSDB até 2013 e foi arrastado por Guilherme Uchoa para o PDT a fim de ser candidato a deputado estadual. Torna-se, a partir de agora, forte candidato a prefeito de Carpina.
Serra 1 – Mesmo sendo preto, pobre e vinculado ao sindicalismo rural, Manoel Santos (PT) foi majoritário em Serra Talhada, nas últimas eleições, para deputado estadual, com 8.886 votos.
Serra 2 – Obtiveram menos votos que ele o candidato eleito Rogério Leão (PR), apoiado por Inocêncio e Sebastiao Oliveira, e o deputado Augusto César (PTB) que disputou a reeleição.
Comenda – Leitor da coluna informa que além de Roberto Magalhães e Eduardo Campos, mais dois ex-governadores receberam do Governo de MG a Medalha da Inconfidência: Marco Maciel e Joaquim Francisco.
Futuro – A tese de que o PT precisa “refundar-se”, defendida pelo ex-governador Tarso Genro (RS), aplica-se em cheio a Pernambuco. O partido não tem mais representantes na Câmara Federal e ficou com apenas dois deputados estaduais, um do Recife (Teresa Leitão) e outro de Petrolina: Odacy Amorim (foto).
Refinaria – Comissão especial da Câmara Federal esteve recentemente no Maranhão e no Ceará para observar o canteiro de obras das refinarias que a Petrobras desistiu de fazer após ter gasto R$ 4 bilhões só nas obras de terraplanagem. A do Maranhão fica no município de Bacabeira e a do Ceará no município de Caucaia.
Defesa – Até ontem, os advogados do ex-deputado Pedro Corrêa (PP) tinham dúvida sobre a eficácia da tese de defesa que ele pretende sustentar quando for dar explicações ao juiz Sérgio Moro sobre os R$ 5,3 milhões que teria recebido do esquema de propina da Petrobras. Corrêa pretende dizer que recebeu esse dinheiro pela venda de bodes. Ou seja, teria vendido ao ex-deputado José Janene (PR) 53 mil caprinos.
Combate – Colega de Augusto Coutinho (PE) na bancada federal do SD, o deputado Fernando Francisquini (PR) começou a mostrar serviço como secretário de segurança do Governo do Paraná. Em apenas 90 dias à frente do cargo reduziu em 17% a taxa de criminalidade na capital, usando o bom senso e a inteligência policial. Como 70% das mortes têm o tráfico de drogas como causa, começou o combate por aí.
Foto: Reprodução
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