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sábado, 21 de abril de 2012

BRASÍLIA: 52 ANOS DE FUNDAÇÃO, COMEMORANDO TRAJETÓRIA DE SONHOS E SUPERAÇÃO

Criada para ser funcional, a capital do País cresceu com belezas e problemas

Neste sábado (21), o céu de Brasília, cartão postal da cidade, amanheceu ainda mais azul. Poesia à parte, a capital federal que nasceu de um sonho viu, em seus 52 anos de existência, transformar-se de exemplo a palco de escândalos políticos e corrupção. Mas também é berço de uma população que se orgulha da cidade e não tem nada a ver com as falhas do Congresso. 

Brasília comemora, sim, várias coisas. É um dos berços do rock e tem algo que outras cidades não têm: já nasceu assinada com a grife Oscar Niemeyer. Comemora também a coragem de Juscelino Kubitschek (1902-1976) em colocar em prática o sonho premonitório do padre italiano Dom Bosco e a lei contida na primeira Constituição Federal, de 1891, que previam a criação de uma cidade no planalto central do País para ser a nova capital da República.

A lei que autorizava a criação da nova capital foi sancionada por JK em 1956. No ano seguinte, o projeto urbanístico de Lucio Costa (1902-1998), que desenhava a região central da cidade em formato de um avião, foi o escolhido para tornar-se realidade. Enquanto os traços modernistas de Niemeyer deram vida aos prédios e monumentos que preencheriam as asas, 60 mil candangos (pessoas que vieram trabalhar na construção de Brasília) de sol a sol para colocá-los de pé. E, em 1960, após cinco anos, Brasília pôde voar. 

Durante os últimos 52 anos Brasília passou de um canteiro de obras para o centro político do País. Presenciou militares tomando conta das ruas e do poder, estudantes lutando por democracia, a morte e a queda de presidentes. A cidade assistiu de perto também o crescimento de seus filhos postiços, que não nasceram em seu território, mas a adotaram como mãe. Viu muitos deles ensaiando acordes musicais em uma garagem até despontarem para o mundo. 

Mas a capital nascida para ser funcional também cresceu. Ano após ano abriu suas asas para receber novos moradores, que eram 100 mil na véspera da inauguração e hoje são 2,5 milhões, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). E chegou ao posto de segundo maior PIB per capita (renda por habitante) do Brasil, correspondente a R$ 50.438. 

Com o crescimento, porém, vieram os problemas. Brasília ganhou mais engarrafamentos, graças à frota de 1,2 milhão de veículos, ganhou mais doentes vindos de fora em busca de atendimentos públicos de emergência, que chegaram a 2,9 milhões em 2010, de acordo com a Secretaria de Saúde. A cidade perdeu também - a taxa de homicídios por 100 mil habitantes é de 24,7, maior que o índice nacional, que é de 21,5. 

Brasília ainda sentiu vergonha ao ser palco de um esquema de corrupção no governo local, em que câmeras escondidas registraram dinheiro sendo guardado em cuecas e meias. Mas deu a volta por cima e seguiu em frente, porque seu povo, misturado e de mil sotaques, é desses que, em momentos difíceis, sabem olhar para o céu e agradecer por seu azul infinito. E, por isso, essa senhora de 52 anos deve ser reverenciada, neste sábado, pela vida de seu povo.

Informações: R7

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