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segunda-feira, 20 de agosto de 2012

DENGUE TEM REDUÇÃO DE 58,52% EM PERNAMBUCO


Depois de ter superado em mais de 200% os registros do ano passado, a transmissão de dengue começa a cair em Pernambuco. Segundo avaliação da Secretaria Estadual de Saúde, nas duas últimas semanas o número de casos teve uma redução de 58,52%. 

A queda já era esperada nessa época, uma vez que a doença voltou a gerar surtos a partir de novembro do ano passado, mas está longe de significar alívio. "“São quatro vírus circulando no Estado, basta a população de mosquitos aumentar um pouco e mais pessoas vão adoecer"”, alerta Claudenice Pontes, coordenadora estadual do programa da dengue.

Para evitar que a baixa frequência faça muita gente descuidar das medidas de prevenção, serão antecipadas para este mês as mobilizações que geralmente acontecem a partir de novembro. Nesta segunda (20), terá início a capacitação de carteiros. Eles vão entregar panfletos durante a distribuição das correspondências.

O governo vai preparar cerca de três mil carteiros, em três polos (Recife, Caruaru e Petrolina), explica a coordenadora estadual do programa da dengue. A preocupação é com todo o Estado, já que se trata de uma doença distribuída em todo o território. A vigilância epidemiológica isolou o quarto vírus, o com maior poder de adoecimento porque entrou em circulação recentemente, em 27 municípios das quatro regiões: Grande Recife, Mata, Agreste e Sertão. Além disso, os outros três vírus, que entraram no Estado desde a década de 90, permanecem em transmissão, ameaçando principalmente as crianças. O DENV-1 foi detectado este ano em Afogados da Ingazeira, Águas Belas, Alagoinha, Jaboatão dos Guararapes e Petrolândia. Em Jaboatão, também foram isolados os vírus 2 e 3. O terceiro tipo ainda circula no Recife e em Joaquim Nabuco.

Este ano, há um complicador, que são as eleições municipais. O envolvimento com campanhas e a troca de prefeitos podem favorecer desmobilização de ações contra a dengue. A vantagem quanto a isso, segundo Claudenice, é que a maioria dos municípios efetivou seus agentes de endemias e comunitários de saúde, não podendo demiti-los por questões políticas.

Como começou mais cedo dessa última vez, a epidemia de dengue atingiu o auge entre março, abril e maio. A redução sazonal também se sustenta no reforço das ações de controle pelas prefeituras, avalia Claudenice. Por enquanto, são 54.877 doentes suspeitos registrados desde o início do ano. A quantidade é 84,75% maior que a de 2011, quando até essa data só havia 29.703 notificações. A região que mais teve doentes foi a justamente a de maior população: a Região Metropolitana do Recife e cidades vizinhas da Zona da Mata.

Nada menos que 50% das 185 localidades do Estado estão com alta incidência da doença, equivalente a 300 ou mais casos em cada grupo de 100 mil habitantes. Entre os com maior proporção de doentes, oito são metropolitanos. Num deles, Olinda, que detém 4,32% dos casos, houve mobilização no Alto da Mina na última quarta-feira.

De janeiro até agora foram confirmadas em Pernambuco 16 mortes por dengue e ainda há 29 em investigação. Quase todos foram no Grande Recife. O registro é mais baixo que o do mesmo período do ano passado. Nessa época, 49 óbitos já tinham causa devidamente comprovada como dengue.

Conforme Claudenice Pontes, a maioria dos mortos era do sexo masculino e tinha procurado tardiamente o serviço de saúde. “Apresentaram complicações no quinto dia e como demoraram a procurar atendimento, morreram rapidamente, 12 a 24 horas depois de recorrer a uma unidade saúde”, explicou. Ela lembra que a população tem que ficar atenta aos sinais de piora, como vômito, dor abdominal, suor excessivo e tontura.

Os números mostram ainda que 30,65% dos 248 casos graves de dengue foram em menores de 15 anos, sendo as crianças de 5 a 14 anos as mais atingidas. Isso se justifica pela suscetibilidade maior dos jovens. Os com mais idade já foram infectados em outros anos, pela exposição repetida.

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