A uma semana do prazo fatal para o registro ou não da Rede Sustentabilidade, a ex-senadora Marina Silva tem recebido diversas abordagens para se manter no jogo de 2014; partidos nanicos se oferecem até para mudar seu nome para "Rede" e, assim, seduzir a candidata que ainda aparece em segundo lugar nas pesquisas; no entanto, a proposta que contará com maior adesão nos meios de comunicação será o convite para que ela seja vice na chapa do senador Aécio Neves (PSDB-MG); para FHC, Marina é uma "liderança moral" no País.
Faltam exatos sete dias para que o Brasil saiba se o partido que a ex-senadora Marina Silva pretende criar, o Rede Sustentabilidade, sairá ou não do papel. As perspectivas, no entanto, não parecem nada positivas. Segundo o vice-procurador-geral eleitoral, Eugênio Aragão, ele não fará "nenhuma concessão" para que o partido seja criado fora dos parâmetros legais. De acordo com um parecer produzido por ele, Marina comprovou pouco mais de 100 mil das 492 mil assinaturas exigidas.
Nos tribunais superiores, não há muita boa vontade para providenciar um "jeitinho". "Coloque o dedo na ferida: sem as assinaturas é uma esperança vã", disse o ministro Marco Aurélio Mello. Marina apelou para artistas, como Marcos Palmeira e Adriana Calcanhotto, que postaram vídeos no YouTube, mas a ministra Carmen Lúcia afirmou que isso não mudará a posição do Tribunal Superior Eleitoral, presidido por ela.
Portanto, a tendência concreta é a de que Marina não consiga êxito na criação da Rede – o que não terá sido por falta de tempo, nem de recursos, uma vez que sua candidatura é apoiada por bilionários, como Guilherme Leal, da Natura, e Neca Setúbal, do Itaú.
Nesse quadro, o que fazer então com seu patrimônio eleitoral, de 16% dos votos, segundo o Ibope? Um partido nanico, o PEN, ofereceu a Marina uma proposta inusitada. Trocaria seu nome para "Rede", caso ela aceitasse disputar a presidência pelo partido. Ela ainda teria opções como o PPS e o PV, mas sem o controle da máquina partidária.
Nesse cenário de indefinições e incertezas, Marina será tentada com uma nova oferta: a de ser vice do senador Aécio Neves (PSDB-MG). Os tucanos pretendem tratar o não registro do Rede como uma violência do PT contra Marina. Em seguida, abrirão as portas do partido. Ontem, Aécio afirmou que o Brasil "merece ter uma alternativa como Marina". Neste sábado, na coluna de Sônia Racy, no Estado de S. Paulo, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso diz que a ex-senador é uma "liderança moral" do País.
Depois de 5 de outubro, após a decisão provavelmente contrária do TSE à Rede, o assédio tucano a Marina será pesado. Com apoio de vários colunistas e grandes meios de comunicação.
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