O Brasil conquista o título no Macaranã. Ladeado por Neymar, Fred e Júlio César, Thiago Silva - o capitão- levanta o troféu sob milhares de olhares emocionados, sentimentos incontidos e gritos imodestos de que conosco é diferente. Somos os maiores do mundo.
Ou a Espanha vence a decisão e chega ao único triunfo que faltava a uma geração vitoriosa: a Copa das Confederações - justo em cima do país que acostumou-se a ser o do futebol. Ergue a taça, feliz, cercada por um silêncio triste e constrangedor vindo das arquibancadas já parcialmente vazias.
Só um dos dois desfechos acima é possível. É manutenção de hegemonia ou passagem de bastão. A maior seleção da história encara o melhor time atual. E não há quem fique indiferente a um confronto dessas proporções. Privilegiados, os que poderão acompanhá-lo às 19h deste domingo, no Rio de Janeiro.
A ESPANHA - Por mais que se contraponha o histórico recente da Espanha com o do Brasil, é difícil cravar um favorito. Os europeus têm um time mais pronto. Uma engrenagem que funciona mecanicamente quase à perfeição. A equipe comandada por Del Bosque exibe um jogo mais bem definido do que a de Felipão. Toca a bola, passa, vira, movimenta, envolve. E encontra - quase invariavelmente- uma brecha na defesa alheia. A um só tempo, encurrala e não permite que o adversário faça o mesmo porque quase sempre tem mais posse de bola.
As certezas deste time espanhol deixam pouco espaço para a dúvida. A escalação, por exemplo, ainda não foi confirmada. Mas não deve diferir muito do que foi visto na semifinal contra a Itália. Até as dúvidas são as mesmas daquela ocasião: o atacante Soldado e o meio-campista Fàbregas podem reassumir seus lugares no time titular (nas vagas de Fernando Torres e Davi Silva) desde que estejam em condições de atuar. Jesus Navas, após boa atuação na quinta-feira, também tem chances - remotas- de começar jogando.
O segundo é a tradição. Camisa não joga sozinha, é verdade. Mas, quando se combina ela com um bom futebol, é difícil demais derrotar. E, nesse quesito,não há quem ultrapasse o Brasil. O verde e amarelo é o manto mais pesado do mundo. E pode ter participação preponderante num enveual título brasileiro.
A não ser que haja um imprevisto de última hora, o time do Brasil está definido. Não há surpresas. A equipe é a mesma que derrotou o Uruguai na semifinal.
Ficha do jogo
Brasil - Júlio César; Daniel Alves, Thiago Silva, David Luiz e Marcelo; Luiz Gustavo, Paulinho e Oscar; Hulk, Fred e Neymar. Técnico: Luiz Felipe Scolari.
Espanha - Casillas; Arbeloa, Piqué, Sérgio Ramos e Jordi Alba; Busquets, Xavi, Iniesta e David Silva (Fàbregas); Pedro e Fernando Torres (Soldado). Técnico: Vicente Del Bosque
Local: Maracanã (Rio de Janeiro)
Horário: 19h
Árbitro: Bjorn Kuipers (Holanda)
Assistentes: Sander Van Roekel e Erwin Zeinstra
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