Os protestos que tomam conta do Brasil há duas semanas tiveram inicialmente como foco o reajuste nas tarifas de ônibus, mas já descambam perigosamente para o Palácio do Planalto. Os jovens que lançaram em São Paulo o movimento “Passe Livre” chegaram à conclusão de que “podem mais”, haja vista terem levado às ruas, quinta-feira da semana passada, mais de 1 milhão de pessoas. E resolveram pressionar o governo federal por mudanças profundas nas áreas de saúde e educação.
Foto: Internet |
A presidente Dilma Rousseff sentiu o peso da pancada e foi se aconselhar com Lula sobre como deveria proceder para enfrentar os protestos. O ex-presidente tem “know-how” em movimentos de rua porque presidiu o Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo na década de setenta e nessa condição liderou a primeira grande greve que houve no Brasil durante a ditadura militar. Ele sugeriu à sua sucessora que se reunisse imediatamente com os governadores e prefeitos de capitais.
Foi exatamente o que Dilma fez em pleno dia de São João. Ela deixou o isolamento em que se encontrava e procurou ouvir também a opinião dos governadores sobre que medidas deveria tomar para enfrentar a crise que está se alastrando. A menos que os fatos provem o contrário, a receita que ela prescreveu para se contrapor ao grito das ruas está muito distante da realidade: ouvir o povo em plebiscito sobre a realização de uma “reforma política” em torno da qual não existe consenso.
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